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Estado de Minas

Tombini enaltece pol�tica cambial

Ao falar para investidores, presidente do BC diz que real � a moeda que mais se valorizou ante o d�lar em dois meses


postado em 24/10/2013 06:00 / atualizado em 24/10/2013 06:46

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, mant�m o esfor�o para tentar resgatar a credibilidade da autoridade monet�ria brasileira. Para uma plateia de cerca de 70 investidores, ontem, em Cingapura, ele repetiu o teor do discurso feito 20 dias antes, em Londres, e defendeu o Brasil como um pa�s que caminha para consolidar uma trajet�ria positiva na economia.
Tombini n�o falou dos gastos do governo, do rombo nas contas externas nem da expectativa de crescimento zero no terceiro trimestre. Preferiu enaltecer a recente queda do d�lar, atribu�da por ele �s interven��es di�rias do BC no mercado. Desde agosto, est� em curso um programa de venda di�ria de contratos de swap cambial – venda de d�lares no mercado futuro – ou de leil�es no mercado � vista, com compromisso de recompra.

Tombini considerou bem-sucedida a estrat�gia para conter o avan�o da moeda norte-americana e disse que a iniciativa do BC contribuiu para "conferir previsibilidade na oferta de prote��o cambial aos agentes econ�micos durante esse per�odo de transi��o da economia internacional". O pacote total deve envolver mais de US$ 55 bilh�es neste ano.

H� dois meses, o d�lar bateu a casa dos R$ 2,45. Ontem, fechou em R$ 2,19. A queda da cota��o nas �ltimas semanas, observam os analistas, relaciona-se mais com a sinaliza��o de que o Federal Reserve (o banco central norte-americano) pode demorar mais para retirar est�mulos monet�rios nos Estados Unidos do que com o programa do BC brasileiro. At� porque os investidores continuam bastante descrentes na pol�tica econ�mica.

O BC acabou agindo ap�s ser fortemente pressionado pelo mercado. "Com o d�lar disparando, o Banco Central foi colocado contra a parede. A rea��o, de fato, trouxe uma certa calmaria, sossegando os investidores e diminuindo a especula��o", comentou o gerente de C�mbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Tombini apresentou dados que indicam o real como a moeda com maior valoriza��o ante o d�lar nesses dois meses: 12%. O crescimento da economia, acrescentou, "tem se materializado de forma gradual". Aproveitando a euforia do governo com o leil�o do Campo de Libra, o presidente do BC disse que iniciativas recentes – incluindo outras concess�es – criam condi��es para a expans�o dos investimentos no Brasil.

SELIC O discurso de ontem, avaliou Fl�vio Serrano, economista-chefe do BES Investimento, serviu como mais uma oportunidade para Tombini tentar amenizar a avers�o dos investidores ao Brasil. "Foi algo puramente institucional", afirmou ele, lembrando que o cen�rio apresentando pelo presidente do BC est� longe de ser confortante. "Continuamos com um aumento de pre�os persistente e com alta dispers�o", completou.

Ao reafirmar que defini��o da taxa de juros deve se manter "especialmente vigilante", repetindo texto da ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), Tombini deu mais um sinal de que a Selic, hoje em 9,5% ao ano, deve chegar ao fim deste ano a 10%. "O problema � que falta coes�o no governo, que continua gastando demais", argumentou o economista.


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