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Estado de Minas QUANTO MAIS PERTO MELHOR

Supermercados de vizinhan�a ganham for�a em BH

Percentual de clientes que prioriza essas lojas subiu de 23% para 65% em 10 anos


postado em 24/10/2013 06:00 / atualizado em 24/10/2013 07:15

As consumidoras Zuleica Costa e Rosilene Barros são exemplos de pessoas que aderiram aos novos hábitos (foto: Cristina Horta/EM/D.A/Press)
As consumidoras Zuleica Costa e Rosilene Barros s�o exemplos de pessoas que aderiram aos novos h�bitos (foto: Cristina Horta/EM/D.A/Press)

O n�mero de supermercados em Belo Horizonte cresceu 35% nos �ltimos 10 anos, de 700 para 950 lojas. O aumento n�o confirma apenas que a renda m�dia dos moradores da cidade melhorou nesse per�odo, uma vez que o setor � considerado um dos term�metros da economia: a nova estat�stica veio acompanhada de grandes mudan�as no h�bito dos consumidores. � o que revela a pesquisa divulgada ontem pela Associa��o Mineira de Supermercados (Amis).

O estudo apurou que o salto na concorr�ncia, o que gerou a abertura de muitas lojas, permitiu aos consumidores comprarem em estabelecimentos mais pr�ximos de suas resid�ncias e frequentarem os supermercados por mais vezes na semana, reduzindo uma heran�a da �poca do per�odo de hiperinfla��o – at� 1994, quando o real foi implantado, boa parte das fam�lias brasileiras iam aos supermercados apenas uma vez por m�s para abastecer a dispensa para quatro ou mais semanas.

De acordo com a pesquisa, nos �ltimos 10 anos, o percentual de consumidores que fazem pequenas compras e priorizam as chamadas lojas de vizinhan�a subiu de 23,3% para 64,5%. O �ndice de fam�lias que prefere ir a esses supermercados em raz�o da proximidade de casa saltou de 35,64% para 68,3%. O boom do n�mero de supermercados em BH n�o permitiu apenas que muitas pessoas passassem a ser vizinhas desses estabelecimentos. Sem pre�os reajustados da noite para o dia, com a loja a poucos quarteir�es de casa, muitas fam�lias deixaram de ir �s lojas apenas uma vez por m�s para abastecer a dispensa por 30 ou mais dias. Apenas a t�tulo de ilustra��o, a pesquisa apurou que, de 2003 para 2013, o percentual de consumidores que fazem compras duas vezes na semana subiu de 15% para 22%; o dos que v�o tr�s vezes na semana, de 17% para 18%; e os que passam nas unidades das redes mais de cinco vezes, de 11,33% para 14,7%.

A assistente social Zuleica Marina Costa sabe muito bem o que essas estat�sticas representam. H� 10 anos, ela reservava um dia no m�s para ir a um grande supermercado. N�o era uma tarefa f�cil: ficava algumas horas no estabelecimento, empurrava um carrinho cheio de compras e se assustava com os pre�os das mercadorias. Uma d�cada depois, os tempos mudaram. “Agora, h� quatro supermercados perto de minha casa”, conta Zuleica, moradora do Bairro Padre Eust�quio, na Regi�o Noroeste da cidade.

EXIG�NCIA MAIOR Os resultados divulgados pela Amis precisam ser traduzidos em todos os aspectos. Se por um lado o aumento do n�mero de lojas mostra que a renda m�dia dos consumidores da capital melhorou, de outro, sugere que o cliente tamb�m est� mais exigente. A pr�pria pesquisa comparou esse cen�rio ao apurar que o percentual de compradores que disseram que o atendimento dos funcion�rios satisfaz as expectativas caiu de 86,66%, em 2003, para 68,7% neste ano.

J� o percentual dos clientes que afirmaram que o atendimento n�o satisfaz as expectativas subiu de 8,67% para 26,7%. “Por tr�s do aumento das exig�ncias est�o as classes C e D, que aumentaram seu poder aquisitivo”, concluiu Adilson Rodrigues, superintende da Amis. A falta de m�o de obra qualificada, ali�s, � um dos entraves ao crescimento mais r�pido no ramo. Tanto que empreendimentos de diferentes portes custam a preencher os postos de trabalho. A situa��o, por�m, j� foi pior. “H� cerca de 2 mil vagas abertas. H� alguns anos, eram em torno de 10 mil vagas”, comparou Adilson Rodrigues.

A exig�ncia maior do consumidor pode ser observada tamb�m quanto as mercadorias. De 2003 para 2013, a qualidade dos produtos negociados nos supermercados da capital caiu, segundo avalia��o de parte da clientela. Entre os que disseram que esse quesito satisfaz as expectativas, o �ndice baixou de 94,33% para 79,3%. O percentual dos que disseram que a qualidade n�o satisfaz as expectativas subiu de 4% para 14%.

Comida pronta � vedete

A pesquisa mostrou uma tend�ncia de consumo em todo o planeta que aumentou a euforia dos donos de supermercados e, ao mesmo tempo, refor�a mudan�as no mercado de trabalho do pa�s. Trata-se da quantidade de pessoas que compram comida pronta: 33% dos entrevistados levam para casa alimentos j� preparados.

Uma das explica��es � o aumento da participa��o da mulher no mercado de trabalho. “Moro sozinha e tenho o h�bito de comprar comida pronta, como lasanha, feijoada”, conta a vendedora Rosilene Barros. “Outra tend�ncia � a refei��o dentro do pr�prio supermercado”, acrescenta Adilson Rodrigues, superintendente da Amis. Em outras palavras, ele se refere aos espa�os gourmet, que v�m ganhando espa�o no setor. Dos entrevistados, 36% consomem com frequ�ncia ou �s vezes nas �reas gourmet.

O crescente uso da internet em todo o pa�s tamb�m animou os supermercadistas. De 2003 para 2013, o total de moradores da capital que disseram usar a rede subiu de 12% para 91%. As compras virtuais, na avalia��o da Amis, v�o subir bastante nos pr�ximos anos.

Em uma d�cada, o percentual de compras virtuais no setor subiu de 0,78% para 1,6%.O aumento pode parecer pequeno, mas, al�m de corresponder a pouco mais de 100%, mostra que � uma ferramenta a ser explorada pelo setor. (PHL)


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