A valoriza��o do real no m�s de setembro permitiu o recuo da taxa do �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP). No m�s passado, o indicador subiu 0,62%, ante alta de 1,43% em agosto. "Assim como a desvaloriza��o do real fez com que o IPP tivesse as taxas aumentadas, a valoriza��o do real permitiu o recuo do IPP", disse o gerente da pesquisa, Alexandre Brand�o, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
Segundo Brand�o, setores diretamente ligados ao c�mbio tiveram o primeiro recuo no ano em setembro. � o caso do fumo, cujos pre�os ca�ram 2,23% em setembro, e de papel e celulose, que teve queda de 2,09%. Na �poca da grande valoriza��o do d�lar, o IPP saiu de alta de 0,24% em maio para alta de 1,32% em junho. O ritmo de alta teve sequ�ncia em junho, com taxa de 1,21%.
Alimentos
O setor de alimentos, maior influ�ncia individual na alta, ainda que menor, do IPP, em setembro, foi impulsionado pela demanda por soja, em fun��o do choque de oferta no mercado internacional, e pelo pre�o do trigo. Ainda que o d�lar tenha se desvalorizado ante o real, o trigo deu continuidade � escalada de pre�os devido � colheita menor do que a esperada no Brasil, al�m da pior qualidade.
As carnes e as miudezas de aves (frescas ou refrigeradas) tamb�m deram sua contribui��o para que o setor de alimentos obtivesse destaque. "Por causa de baixos pre�os em meses anteriores, houve queda na oferta do produto e sua subsequente eleva��o de pre�os", informou o IBGE.
O grupo de alimentos teve alta de 1,58% em setembro e contribuiu com 0,32 ponto porcentual, mais da metade do IPP do m�s passado, que foi de 0,62%. Na sequ�ncia, as bebidas, que tiveram a maior varia��o (3,61%), foram impactadas pelo ajuste de pre�os da cerveja, repetindo o que se viu em setembro de 2012. "Isso d� indica��es de uma mudan�as de pol�tica de pre�os do setor, que adianta os aumentos para setembro quando antes eles eram feitos em novembro ou dezembro", disse o IBGE.