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Estado de Minas

Petrobras abre m�o do g�s do S�o Francisco

Estatal concentra esfor�os no pr�-sal e devolve quatro blocos explorat�rios na Bacia do S�o Francisco. Ao todo, 31 �reas seguem ativas e 12 foram devolvidas, incluindo quatro da Shell


postado em 01/11/2013 06:00 / atualizado em 01/11/2013 07:08

Exploração de gás natural pela estatal em Brasilândia de Minas foi retomada em 2010(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A - 28/4/11)
Explora��o de g�s natural pela estatal em Brasil�ndia de Minas foi retomada em 2010 (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A - 28/4/11)

Com esfor�os voltados para a explora��o do petr�leo no pr�-sal, a Petrobras desistiu dos quatro blocos restantes que detinha para identifica��o e produ��o de g�s natural na parte mineira da Bacia do Rio S�o Francisco. Com isso, a estatal abandona o processo. Outros tr�s lotes j� haviam sido devolvidos pela empresa. Em julho, a anglo-holandesa Shell tamb�m desistiu de buscar g�s em quatro dos cinco blocos sob seu dom�nio. A Petra desistiu de outro. Com as recentes devolu��es da Petrobras, sem ainda ter sido descoberto g�s suficiente para produ��o comercial, ao todo, 12 blocos foram repassados para o governo federal, o que gera questionamentos sobre a viabilidade econ�mica do projeto. Outros 31 blocos permanecem com atividade explorat�ria, segundo o governo federal.

A informa��o foi confirmada pelo secret�rio de Petr�leo e G�s do Minist�rio de Minas e Energia, Marco Antonio Martins Almeida, em f�rum promovido pelo conglomerado norte-americano Bloomberg, em Belo Horizonte. Ao saber da not�cia, a presidente do Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi), M�nica Cordeiro, se mostrou surpresa e, ao pedir a palavra, clamou ao secret�rio que falasse com o ministro e a presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, para “n�o jogar a toalha” em rela��o ao g�s do S�o Francisco.

Logo depois da apresenta��o, o secret�rio refutou a possibilidade de desistir da atividade. “� uma nova fronteira. A gente gera muita expectativa e espera uma resposta r�pida”, disse Marco Antonio, ressaltando haver um agravamento devido aos resultados do g�s de xisto nos Estados Unidos. Ele afirma que, apesar da ansiedade gerada para os primeiros resultados, se trata de uma perfura��o complexa. Por se tratar de uma bacia velha, o terreno � extremamente duro. “As empresas que est�o l�, com exce��o da Shell, est�o conhecendo o processo. � natural que isso aconte�a. Est� na hora de a gente ver alguma coisa que nos d� mais convic��o e confian�a de que o potencial pode se tornar realidade. Quando voc� come�ar a n�o ter resposta positiva e concreta, come�a a haver preocupa��o”, diz.

A devolu��o dos blocos n�o quer dizer que inexista g�s na regi�o. No caso da explora��o do pr�-sal no Campo de Libra, tanto Petrobras quanto Shell perfuraram o bloco BS-4 da Bacia de Santos em busca de petr�leo e devolveram a �rea � Ag�ncia Nacional de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP), que, anos depois, contratou a pr�pria Petrobras para seguir na busca e encontrar petr�leo sob a camada de sal. Agora, as duas companhias pagaram R$ 9 bilh�es em b�nus para ter 60% da reserva.

ESTRAT�GIAS


A baixa provocada pela Petrobras enfraquece o programa de pesquisa na regi�o, mas n�o afeta os programas de explora��o de outros investidores. “Cada empresa tem suas estrat�gias. Nossa expectativa permanece a mesma quanto ao fato de a regi�o ser muito promissora ao neg�cio”, afirma Frederico Macedo, presidente do cons�rcio Cebasf, pioneiro na descoberta de g�s em Morada Nova de Minas e representante do Comit� de �leo e G�s da Federa��o das Ind�strias do estado (Fiemg). O Cebasf � constitu�do pela Companhia de Desenvolvimento Econ�mico de Minas Gerais (Codemig), Orteng Equipamentos e Sistemas, Delp Engenharia e Imetame. O grupo est� trabalhando na sele��o de fornecedores para iniciar a produ��o de g�s em 2014, ainda que em escala experimental.

A Shell informou, por meio de sua assessoria de imprensa, ter conclu�do os trabalhos de perfura��o de seu primeiro po�o aberto em Arinos, no Noroeste de Minas, e partido, agora, para a an�lise dos resultados. O prefeito de Morada Nova de Minas, Walter Moura, diz que a esperan�a na regi�o se mant�m, com as possibilidades de o g�s se transformar em uma nova fonte de riqueza para gera��o de emprego e renda. “Nosso munic�pio vive um momento de valoriza��o de im�veis com as ocorr�ncias de g�s”, afirma.

REINCID�NCIA


A rigor, a Petrobras deixa pela segunda vez as terras mineiras cortadas pelo Velho Chico. A estatal conduziu as primeiras pesquisas atr�s de ocorr�ncias de g�s natural em Minas em meados dos anos 80, mas abandonou os trabalhos, s� retornando no fim de 2010, quando abriu o seu primeiro po�o em Brasil�ndia de Minas.

Estudo encomendado pelo governo mineiro � empresa de consultoria e neg�cios Gas Energy indicou, no ano passado, que o g�s descoberto na por��o mineira da Bacia do S�o Francisco tem potencial para 37 milh�es de metros c�bicos por dia.

Procurada, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econ�mico disse n�o ter informa��es sobre o assunto. A Petrobras n�o respondeu � reportagem at� o fechamento desta edi��o.


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