O secret�rio-executivo do Minist�rio da Fazenda, Dyogo de Oliveira, afirmou nesta sexta-feira, 01, que o investimento no Pa�s mostra na m�dia dos �ltimos dez anos crescimento mais r�pido do que o consumo e do que o PIB. Segundo ele, a perspectiva � de que, em dez anos, o Pa�s tenha 24% de participa��o dos investimentos no PIB. Em palestra no 5º Semin�rio Anbima de Renda Fixa e Derivativos de Balc�o, Dyogo de Oliveira mencionou que no �ltimo trimestre de 2012 e nos dois primeiros trimestres de 2013, o investimento tem crescido de maneira robusta.
Entre 1995 e 2005, segundo ele, a participa��o do investimento no PIB ficou em torno de 16%. Entre 2005 e 2012, por sua vez, a taxa de participa��o chegou perto de 18%. "A mola propulsora da economia nos pr�ximos dez anos ser� investimento em infraestrutura", comentou o secret�rio, afirmando que a infraestrutura se dar� tamb�m em servi�os. "A sociedade demanda melhoria da qualidade dos servi�os p�blicos, na sua ess�ncia investimento", comentou.
Segundo ele, entre 2002 e 2012 o ciclo de crescimento acompanhou alta nas exporta��es, cr�dito e renda e cen�rio externo favor�vel. "O cen�rio n�o vai se repetir nos pr�ximos dez anos da mesma maneira", comentou, ressaltando que o crescimento econ�mico estar� ligado ao aumento dos investimentos. O secret�rio mencionou que o Pa�s foi "muito h�bil" para resolver o problema do financiamento para o consumo, com melhorias institucionais, estabilidade econ�mica e qualidade de garantias.
O Pa�s ter� agora de viabilizar o financiamento de projetos de investimento, disse Dyogo, que mencionou o programa de investimentos em log�sticas. No acumulado de quatro trimestres at� o terceiro trimestre de 2012, 56% dos investimentos foram financiados com recursos pr�prios de investidores, dois ter�os ficaram com o mercado de capitais e 15% foi financiado pelo BNDES. "N�s temos de continuar ampliando investimento mas n�o vamos ampliar fatia do BNDES", comentou o secret�rio.
Segundo ele, a fatia da institui��o nos financiamentos tende a diminuir e o espa�o deixado tem de ser ocupado por financiamento privado de longo prazo. A dificuldade, diz ele, � casar a "cultura de um investidor que busca liquidez di�ria, zero risco de taxa, investimento com zero risco de cr�dito" e trazer esses investidores "para ambiente onde h� risco de cr�dito, h� risco de taxa e prazo � mais longo e portanto liquidez mais baixa".
Ele mencionou que governo vem adotando uma s�rie de medidas para fomentar mercados de t�tulos mais longos e contou que as deb�ntures de infraestrutura est�o "evoluindo bem". "Estamos em fase de transi��o, iniciando esse novo ciclo de crescimento e ser� fundamental que consigamos financiar este ciclo", comentou.