O chairman do Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme, afirmou nesta sexta-feira, 01, que o Pa�s n�o corre o risco de perder grau de investimento, mas ressaltou que o governo deve ter um cuidado muito grande com a volatilidade da infla��o, a coer�ncia da pol�tica macroecon�mica e a utiliza��o dos instrumentos adequados, sem multiplicidade de objetivos. Ele afirmou que o Brasil pode ter rating revisado para pior, mas n�o deve perder o grau de investimento.
"Temos sempre que olhar ordens de grandeza", disse, ressaltando a maior import�ncia do equil�brio e da estabilidade macroecon�micos frente �s medidas microecon�micas. Leme apontou que o mercado "responde muito bem" a medidas microecon�micas desde 2006. No entanto, ele mencionou a necessidade de se tomar cuidado com o "risco sist�mico macro: juros altos, volatilidade da infla��o e volatilidade de c�mbio". Ele citou M�xico, Israel e Chile como pa�ses que "reduziram essa volatilidade macro e tiveram participa��o estrangeira muito grande".
Segundo ele, a participa��o de investimentos estrangeiros no Pa�s hoje passou a ser "consider�vel", na compara��o com 2002. Ele apontou que o setor privado "vem reduzindo a poupan�a muito fortemente", o que mostra que ter estrangeiros para financiar os investimentos no Pa�s � um fator essencial. "A quest�o do risco sistem�tico macro � fundamental na atra��o de investidores", ressaltou.
"O estrangeiro tem interesse no Brasil, responde muito bem � estabilidade macro, regulat�ria e tribut�ria", disse, comentando que a estabilidade, somada a "reformas micro que dever�amos continuar fazendo", levaria o Pa�s a ter recurso para financiar o investimento nos pr�ximos anos.