Brasil e �ndia sofreram no primeiro semestre de 2013 com o fen�meno da estagfla��o. A afirma��o consta do relat�rio de previs�es econ�micas de outono divulgado nesta ter�a-feira, 5, pela Uni�o Europeia. No documento de 177 p�ginas, o departamento de assuntos econ�micos e financeiros da UE afirma ainda que o aumento dos juros e a incapacidade de realizar reformas estruturais s�o duas amea�as � economia brasileira.
Estagfla��o � a inusitada situa��o em que a economia n�o cresce, mas a infla��o persiste em alta. �, literalmente, a uni�o do termo "estagna��o" com "infla��o". Esse mal afetou dois dos grandes pa�ses emergentes na primeira metade do ano. "Na �ndia e no Brasil, as condi��es monet�rias mais restritivas, o fraco consumo privado e a persist�ncia de problemas estruturais no lado da oferta se combinaram para criar estagfla��o", dizem os economistas da UE no documento.
Esse n�o foi o �nico problema nos mercados emergentes nos �ltimos meses. O relat�rio diz ainda que o "investimento foi extremamente fraco" em pa�ses como a R�ssia e o M�xico durante o primeiro semestre. Para o maior dos emergentes, por�m, o diagn�stico � menos preocupante. "Na China, a mudan�a do modelo de crescimento do investimento para os gastos de consumo parece ser um caminho mais vi�vel para assegurar uma forte expans�o econ�mica no longo prazo", dizem os economistas europeus.
Riscos
Ap�s certa frustra��o com o desempenho de alguns pa�ses, a UE cita a pol�tica monet�ria, reformas estruturais e investimentos como alguns dos atuais riscos para os emergentes, inclusive o Brasil. "Alguns riscos podem deteriorar o crescimento de emergentes, como uma futura desacelera��o na demanda global, queda acentuada do investimento na China ou uma pol�tica monet�ria mais restritiva em resposta � infla��o na �ndia e no Brasil", diz o documento.
Al�m disso, a UE lembrou que alguns pa�ses emergentes n�o t�m sido capazes de fazer reformas estruturais. Isso pode limitar o crescimento desses mercados. "A incapacidade de executar reformas necess�rias para aumentar a taxa de crescimento aparece como um grande risco em alguns emergentes, como �ndia, Brasil e R�ssia."