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Estado de Minas

Combust�veis podem ser surpresa ruim no IGP-M, diz FGV


postado em 08/11/2013 13:37 / atualizado em 08/11/2013 13:43

A taxa de 0,30% da primeira pr�via do IGP-M de novembro confirmou uma desacelera��o dos pre�os iniciada em outubro. O freio reflete a dissipa��o do efeito cambial sobre a infla��o ao produtor, que tende a chegar ao varejo. Os IGPs tendem a encerrar 2013 pr�ximos do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA, �ndice oficial de infla��o do Pa�s). A �nica surpresa negativa pode vir de um aumento de combust�veis. O mercado aguarda o an�ncio de uma nova metodologia de reajuste pela Petrobras at� 22 de novembro.

"O IGP � muito sens�vel ao pre�o dos combust�veis, que t�m um peso grande no �ndice de Pre�os ao Produtor Amplo (IPA). A cadeia produtiva sofre com a alta do diesel, enquanto no IPCA pesa mais a gasolina", diz o superintendente adjunto de infla��o da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Salom�o Quadros. O peso do �leo diesel � de 3,03% no IPA e o da gasolina, de 1,56%.

No ano passado, os IGPs fecharam acima de 8%, enquanto o IPCA do ano foi de 5,84%. O IGP-DI de outubro (�ltimo mensal fechado) em 12 meses foi de 5,46% e o IPCA, de 5,84%, muito mais pr�ximos.

Na primeira pr�via de novembro, o IPA - que responde por 60% do indicador - ficou em 0,29%, ante 1,14% na mesma pr�via de outubro. A desacelera��o foi generalizada pelos grandes grupos: bens finais, intermedi�rios e mat�rias-primas brutas. Quadros destaca o comportamento dos alimentos processados, cuja taxa passou de 2,93% para 0,08%.

"� um ind�cio de que pode haver uma transmiss�o da desacelera��o dos pre�os de alimentos processados para o varejo", diz Quadros. A carne bovina saiu de 6,50% na primeira pr�via de outubro para 1,37%; as aves industrializadas, de 7,42% para -2,96%. O leite industrializado recuou -3,58%, o que impacta positivamente o pre�o dos latic�nios.


O economista atribui esse arrefecimento ao fim do efeito da desvaloriza��o do c�mbio sobre os pre�os. No caso de bens intermedi�rios, isso apareceu nos materiais para manufatura (de 2,20% para 0,11% na compara��o das pr�vias de outubro e novembro) e, nas mat�rias-primas brutas, ficou bem aparente no trigo (de 2,84% para -2,58%). O produto acumula uma alta de 39% no ano e esse recuo significa um poss�vel al�vio para itens de consumo dom�stico como o p�o franc�s, farinha e massas.

O pre�o do min�rio de ferro tamb�m contribuiu positivamente para a primeira pr�via do IGP-M, desacelerando de 6,64% para 3,56%. O movimento � visto por Quadros como indicativo de acomoda��o, ap�s o produto recuperar as perdas vindas de um primeiro semestre em que havia desconfian�a sobre o crescimento da China, grande consumidora de min�rio.

Sem efeito de reajustes salariais, o �ndice Nacional de Custo da Constru��o (INCC) seguiu desacelerando e ficou em 0,15% nessa pr�via, ap�s registrar 0,35% na primeira pr�via do m�s passado. Um reajuste na m�o de obra � esperado em Recife este m�s, mas, em contrapartida, o efeito do c�mbio sobre os materiais de constru��o est� sumindo.

Na contram�o dos outros �ndices que comp�em o IGP-M, o �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) subiu 0,39%, acima do 0,25% da primeira pr�via do m�s passado. A acelera��o foi concentrada no grupo Alimenta��o (0,14% para 0,55%) e, em especial, no item hortali�as e legumes (-9,98% para 2,73%). O tomate voltou a ser o vil�o dos pre�os, com alta de 20,51%, ante -1,28% no primeiro dec�ndio de outubro. Segundo Quadros, essa alta tende a ser pontual, fruto da falta de estoques para atender a um pico de demanda.

"H� espa�o em dezembro para uma descompress�o dos pre�os de alimentos, que voltam a ser afetados no in�cio do ano que vem por quest�es clim�ticas", explica. Os pre�os de carnes e derivados do trigo tendem a cair, pelo efeito j� sinalizado no IPA.


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