S�o Paulo – Mais uma empresa do ex-bilion�rio Eike Batista jogou a toalha. O Conselho de Administra��o da OSX, empresa de constru��o naval, aprovou ontem no Rio de Janeiro, em car�ter de urg�ncia, o ajuizamento de pedido de recupera��o judicial. A solicita��o, que era amplamente esperada, inclui a holding e as controladas OSX Constru��o Naval S. A. e OSX Servi�os Operacionais Ltda., segundo fato relevante.
O documento n�o menciona a unidade de leasing da OSX, indicando que ela ficar� fora da recupera��o judicial. Essa empresa encomenda a constru��o das plataformas de produ��o de petr�leo e depois aluga as embarca��es para clientes. Sem estar sob o crivo da Justi�a, a unidade poder� vender as plataformas e levantar recursos.
O Conselho da OSX demitiu Marcelo Gomes do cargo de diretor-presidente e elegeu Ivo Dworschak Filho para a posi��o. Ele acumular� a nova atribui��o com a de diretor de Constru��o Naval. Uma assembleia extraordin�ria de acionistas foi convocada para o dia 28 para ratificar o pedido de recupera��o judicial, al�m de destituir e eleger membros do conselho e alterar o nome da companhia. Tamb�m foi aprovada a contrata��o da consultoria Angra Partners para coordenar e assessorar a OSX no seu processo de reestrutura��o, em substitui��o � Alvarez & Marsal.
Com a recupera��o judicial, a OSX – com d�vida acima de R$ 5 bilh�es de reais – torna-se a segunda empresa controlada por Eike a ingressar com tal processo. Em 30 de outubro, a petroleira OGX buscou prote��o contra credores, listando d�vidas de mais de R$ 11 bilh�es. Depois disso, aumentaram as expectativas de um destino parecido para a OSX, empresa-irm� da OGX e criada para fornecer plataformas � petroleira.
Como em outras empresas de Eike, os problemas do estaleiro resultaram de falhas da OGX, carro-chefe do grupo, em cumprir suas metas ambiciosas de produ��o de petr�leo. Depois de iniciar a produ��o no primeiro campo no in�cio de 2012, a OGX n�o atingiu seus objetivos, apesar de promessas a investidores de que grandes quantidades de petr�leo fluiriam em breve. Tendo dito uma vez que a OGX seria capaz de produzir 1,4 milh�o de barris de �leo equivalente por dia em 2018, ou mais da metade da produ��o atual do Brasil, a petroleira nunca produziu mais de 1% desse montante. O fato relevante enviado pela OSX � Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) ontem n�o deixa claro se o pedido de recupera��o j� ocorreu ou ser� feito nos pr�ximos dias.
OUTRO NOME A OGX Petr�leo e G�s Participa��es vai passar a se chamar �leo e G�s Brasil, se o novo nome for aprovado na assembleia extraordin�ria de acionistas que foi adiada de 19 para 26 de novembro. A mudan�a � uma tentativa de desvincular o nome da petroleira do decadente imp�rio X do empres�rio, que dizia usar o X para multiplicar os seus neg�cios. O mesmo procedimento foi adotado pela MPX, empresa de energia el�trica de Eike, que mudou seu nome para Eneva, ap�s venda de participa��o para a alem� E.ON, mas que ainda compartilha o controle com Eike.
Na assembleia de acionistas da OGX, a empresa vai propor tamb�m a mudan�a de sua sede. E deve ser ratificado o pedido de recupera��o judicial. Em documento enviado � CVM, a empresa argumenta que a recupera��o foi pedida por ser a “medida mais adequada para preserva��o da continuidade de seu neg�cio e prote��o de seus interesses”.
CRISE EM CADEIA