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Estado de Minas MUITA POEIRA NO CAMINHO DE EIKE

Melhorias das vias usadas por caminh�es da MMX em Bicas ficam s� na promessa


postado em 12/11/2013 06:00 / atualizado em 12/11/2013 07:52

Aílton da Silva, o Pombinho, sofre de problemas respiratórios e cobra as indenizações negociadas com a mineradora(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press - 20/9/13)
A�lton da Silva, o Pombinho, sofre de problemas respirat�rios e cobra as indeniza��es negociadas com a mineradora (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press - 20/9/13)


S�o Joaquim de Bicas – O sonho do empres�rio Eike Batista de alcan�ar o topo da lista dos mais ricos do mundo era a oportunidade para que muitos al�assem voos mais altos. Em S�o Joaquim de Bicas, na Grande BH, a expans�o do projeto Serra Azul possibilitaria aos moradores aproveitar o embalo para ter mais qualidade de vida. As desapropria��es que seriam feitas para melhorar a infraestrutura do munic�pio, por exemplo, garantiriam aos moradores da comunidade da Favelinha dias melhores, bem distante do tr�fego pesado de caminh�es, mas a grave crise financeira do grupo EBX pode desfazer os sonhos das fam�lias que vivem �s margens da via.

A estimativa da prefeitura � de que passem diariamente pelo trecho 2 mil caminh�es, n�o s� da MMX. Abarrotados de min�rio de ferro, eles sobem e descem a estrada pela manh�, tarde e noite. A via � a principal liga��o da BR-381 com Brumadinho e Igarap�. Em troca dos investimentos que seriam feitos no projeto Serra Azul, a MMX se comprometeu a repassar R$ 20 milh�es para os cofres municipais, sendo que 90% do montante seria investido em obras de infraestrutura vi�ria. Mas, segundo a prefeitura, R$ 5 milh�es ainda est�o retidos, impedindo o asfaltamento do trecho, de pouco mais de 400 metros, segundo o secret�rio municipal de Obras, Marcos Vin�cius Ribeiro do Amaral. Inclusive, sem ter uma resposta da companhia e devido � urg�ncia da obra, ele j� procurou outras mineradoras para tentar que elas assumam o projeto.

O tr�fego intenso faz com que as casas situadas nas proximidades da via sejam bastante afetadas. Por se tratar de uma estrada estreita, os caminh�es quase esbarram nos muros, quando dois se cruzam. Com isso, a maioria dos im�veis est� com as paredes trincadas e uma poeira marrom fica impregnada em paredes, pisos e todos objetos expostos. “As janelas do meu quarto ficam fechadas o dia inteiro para diminuir a poeira, mas n�o tem jeito. A mesinha de perfumes fica imunda”, relata o morador de S�o Joaquim de Bicas A�lton Alves da Silva, conhecido como Pombinho. Revoltado, ele espalhou faixas pela rua cobrando as indeniza��es. Ele foi um dos procurados pela MMX para vender seu im�vel. Assim como a maioria, n�o aceitou a oferta, devido aos valores considerados insuficientes para adquirir outra unidade na cidade. Isso porque desde a “invas�o” dos milhares de trabalhadores do projeto Serra Azul o pre�o de im�veis teve uma alta abrupta.

Sem um acordo, Pombinho sofre de problemas respirat�rios. Vizinha dele, a dona de casa Helena Martir desconhece quem seja Eike Batista. “S� sei dizer que ele foi � fal�ncia e deixou a gente para tr�s.” Apesar de longe da fal�ncia, o grupo EBX sofreu forte rev�s nos �ltimos meses e, com isso, o compromisso de tirar os moradores da Favelinha n�o se confirmou e cerca de 30 fam�lia sofrem com a presen�a inc�moda da poeira.

Grupos


Pelo documento assinado pela MMX, a companhia diz estar empenhada em dar “prosseguimento �s a��es previstas no Programa de Acompanhamento e Apoio � Popula��o Atingida” e “reafirma o compromisso de desenvolver a��es de prote��o social nas �reas atingidas pelo projeto de expans�o do Complexo Serra Azul”. Os moradores foram divididos em grupos de acordo tamanho do terreno, v�nculo com a moradia e condi��es de vulnerabilidade. Helena foi classificada no grupo 3 (possuidores de terrenos de at� 1 mil metros quadrados e residente no local).

O compromisso era de entregar uma casa com pelo menos 67,74 metros quadrados totalmente reformada. O im�vel deveria ter dois quartos, sala, cozinha e banheiro, al�m de estar rebocado e pintado, azulejado na cozinha e no banheiro at� metade da parede e a varanda com piso de cer�mica, entre outros. Assinado em 17 de janeiro, o acordo prev� que o im�vel seja entregue em at� um ano, ou seja, ainda est� no prazo. Mas os moradores perderam as esperan�as. At� reuni�o com o prefeito foi marcada. “Avaliaram minha casa em R$ 57 mil, mas s� se encontra im�vel por mais de R$ 120 mil”, diz Helena.

Em nota, a MMX afirma que “n�o se comprometeu com indeniza��es, mas em conduzir a realoca��o de fam�lias que estariam em �rea de interfer�ncia do empreendimento, o que foi feito com um grupo de oito fam�lias”. Em rela��o ao asfaltamento da estrada, a empresa afirma que tem participado de um f�rum, formado por minerados da regi�o e liderado pela Prefeitura de S�o Joaquim de Bicas, para definir os investimentos no trecho.


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