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Estado de Minas EMPATE NO BARULHO

Cruzeirenses e atleticanos se igualam na compra de fogos de artif�cio at� agora

Vendas se referem a um ano em que o varejo especializado comemora e a ind�stria amarga perdas


postado em 12/11/2013 06:00 / atualizado em 12/11/2013 07:39

Helena Aparecida de Souza, da loja Feira dos Fogos, precisou contratar três funcionários para atender a clientela
Helena Aparecida de Souza, da loja Feira dos Fogos, precisou contratar tr�s funcion�rios para atender a clientela


Em um ano de rivalidade em alto n�vel para Atl�tico e Cruzeiro, a disputa extrapola as quatro linhas e invade os c�us  da capital mineira. Depois de os atleticanos terem dificultado o sono dos advers�rios para festejar a conquista da Copa Libertadores, � a vez de os cruzeirenses tentarem se vingar usando a mesma moeda com o t�tulo quase certo do Campeonato Brasileiro: os fogos de artif�cios. Na v�spera da �ltima partida, com a expectativa de levantar a ta�a no Mineir�o, torcedores da Raposa formaram filas nas lojas especializadas em busca de explosivos para a festa do t�tulo. O resultado: empate na venda de fogos de artif�cios na v�spera das duas principais decis�es futebol�sticas do ano para os mineiros, segundo balan�o das principais casas do ramo. As vendas se equiparam �s previstas para a virada do ano. Por outro lado, a ind�stria do ramo, respons�vel por abastecer o pa�s inteiro, diz amargar queda dr�stica na produ��o devido � fase ruim de clubes paulistas e fluminenses que t�m numerosa torcida espalhada por diversos estados da Federa��o

Dois fatores ajudam a explicar as vendas do setor para as torcidas neste ano. No caso do Galo, a cada partida da dram�tica fase eliminat�ria da Libertadores, os atleticanos se muniam de explosivos para comemorar a classifica��o do time. Com isso, houve forte demanda em pelo menos tr�s etapas, marcadas pelos jogos contra o Tijuana (M�xico), o Newells Old Boys (Argentina) e o Olimpia (Paraguai). Por outro lado, a dificuldade de classifica��o fazia com que muitos desconfiassem do time – inclusive, parte dos rivais, � �poca esperan�osos na desclassifica��o, contribu�ram para aumentar as vendas. Quanto ao Cruzeiro, a quase certeza de t�tulo fez a torcida ficar mais confiante, surpreendendo o com�rcio nesta reta final do Brasileir�o.

Na Minas Pirot�cnica, o estoque de fogos de artif�cio esgotou no s�bado, com a torcida cruzeirense formando fila na porta da loja. Na v�spera do jogo, o hor�rio de funcionamento teve que ser estendido em cinco horas e a unidade abriu inclusive no domingo. O propriet�rio do estabelecimento, Marcos Vin�cius de Oliveira Santos, foi obrigado a encomendar nova remessa. Sobre as vendas: “Extraordin�rias! Acima da previs�o”, diz ele, considerando ter havido empate se comparadas com as vendas da v�spera da final da Libertadores.

Depois de n�o ter conseguido comprar fogos no bairro onde mora (Urca), o estudante William Marcos Cabral dos Santos foi at� o Barro Preto para preparar a festa do t�tulo. Para o jogo de anteontem, ele havia adquirido tr�s caixas. Mesmo sem a confirma��o matem�tica do t�tulo, William soltou todos os foguetes. Certo que a confirma��o do t�tulo vir� amanh�, ele voltou � loja para comprar mais duas caixas. “No Campeonato Brasileiro, comprei mais de 15 caixas para comemorar a boa fase”, diz o torcedor, confirmando ter comprado outras tantas para vibrar com a elimina��o do Atl�tico na Libertadores, o que acabou n�o acontecendo.

DA COR DO TIME
De olho na demanda, Marcos Vin�cius encomendou um produto especial dos fabricantes de Santo Ant�nio do Monte, polo mineiro de explosivos, para a torcida do Cruzeiro: o explos�o celeste. O fogo de artif�cio � formado por 12 tiros prata e uma explos�o azul ao final. Um produto especial tamb�m deve ser criado para coroar a participa��o do Atl�tico no Mundial. O explosivo ir� reproduzir  a camisa do Galo. Tr�s rastros prateados subir�o e tr�s explos�es vermelhas fechar�o o foguet�rio. “O atleticano e o cruzeirense disputam quem d� mais renda, mais p�blico e at� quem solta mais foguete”, diz o empres�rio, apostando em recorde de vendas na v�spera da final do t�tulo mundial.

Acostumada a trabalhar com mais dois vendedores, a gerente da loja Feira dos Fogos, Helena Aparecida de Sousa, teve que contratar mais tr�s funcion�rios para conseguir atender a demanda. Inclusive, ela anuncia que tem vaga definitiva em aberto. A procura, segundo ela, se equiparou ao r�veillon, tido como a melhor �poca do ano. No s�bado, a fila dobrava a esquina. No comparativo com as festas juninas e o feriado de Nossa Senhora Aparecida, �pocas de tradicionais festejos com fogos, as vendas de futebol foram bem maiores. “Se esqueceram dos santos. O povo s� quer saber de futebol”, brinca Helena.


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