A Comiss�o Europeia repreendeu a Espanha por seu d�ficit e a It�lia por sua enorme d�vida, com a advert�ncia sobre os riscos de n�o cumprir as metas em 2014, enquanto a Fran�a apresentou um or�amento aceit�vel para o pr�ximo ano, mas sem margem de manobra.
O projeto de or�amento 2014 da Espanha corre o risco de n�o estar em conformidade com o Pacto de Estabilidade, enquanto, sobre a It�lia, a Comiss�o afirmou que "a redu��o da d�vida n�o � respeitada em 2014". Para a Fran�a, a Comiss�o validou o or�amento de 2014, considerando que seguiu as recomenda��es para reduzir seu d�ficit, mas advertiu que o pa�s n�o ter� margem de manobra caso n�o as cumpra.
Pela primeira vez, o Executivo europeu analisou neste ano os or�amentos nacionais dos 17 membros da Eurozona. Com esta nova prerrogativa, a Comiss�o pode pedir mudan�as nos or�amentos se considerar que eles n�o est�o em conformidade com os objetivos de d�ficit (3% do PIB) e d�vida (60% do PIB) ou com suas recomenda��es econ�micas.
Embora esta nova prerrogativa n�o tenha efeitos vinculantes, constitui uma forma de press�o para aqueles pa�ses que n�o cumprem com os objetivos. Nenhum dos 17 pa�ses da Eurozona dever� revisar seus projetos de or�amento, segundo esta primeira an�lise da Comiss�o.
Mas para v�rios deles a Comiss�o "tem raz�es para emitir s�rias cr�ticas", segundo um comunicado. A Espanha "corre o risco de n�o alcan�ar seu objetivo de d�ficit" em 2014, segundo o projeto que apresentou � Comiss�o, afirma no comunicado.
Madri obteve uma prorroga��o de dois anos, at� 2016, para reduzir seu d�ficit ao estipulado pelos crit�rios europeus. Mas seu d�ficit alcan�ar� 6,8% do PIB neste ano e 5,9% em 2014, segundo as previs�es da Comiss�o, o que sugere que alcan�ar 3% do d�ficit em 2016 ser� uma tarefa herc�lea.
A Fran�a, que tamb�m obteve uma prorroga��o at� 2015 para reduzir seu d�ficit aos padr�es europeus, apresentou um or�amento "em acordo com as exig�ncias do Pacto de Estabilidade e Crescimento e com as recomenda��es" feitas pela Comiss�o na primavera (no hemisf�rio norte), indicou o Executivo europeu.
Para a Comiss�o, a Fran�a "adotou as medidas necess�rias para reduzir seu d�ficit em 2013 e 2014", mas adverte, no entanto, sobre a pequena margem de manobra pela queda das receitas fiscais com rela��o � primavera (boreal) e pela dificuldade para medir o impacto de algumas medidas fiscais.
Quanto � It�lia, que saiu de um procedimento de d�ficit excessivo neste ano e cujo d�ficit ser� inferior ao teto de 3%, a d�vida representa um problema. Segundo as previs�es da Comiss�o publicadas no dia 5 de novembro, deve alcan�ar em 2014 o resultado de 134% do PIB, um n�vel recorde para este pa�s. Esta � a segunda d�vida mais elevada, atr�s da registrada pela Gr�cia.