O intervalo m�dio entre as reuni�es do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central (BC) em 2014 ser� maior do que o padr�o de cerca de 40 dias. O menor per�odo ser� de 34 dias e ocorrer� duas vezes, entre a segunda e a terceira reuni�es e entre a s�tima e a oitava, no fim do ano. J� o maior ser� de 55 dias e tamb�m ocorrer� duas vezes, em meados do ano.
"Olhando o calend�rio de reuni�es, d� para perceber que o BC levou em considera��o esses eventos n�o recorrentes", disse Barbosa no semin�rio. "Para mim, parece que j� est� precificado que a taxa de juros vai subir at� antes do carnaval e, depois, se olhar� para ver as condi��es", afirmou.
Para o economista, caso o ritmo de alta da taxa de juros seja de 0,25 em 0,25 ponto porcentual, ela pode chegar em 12%. "No pior cen�rio, se for subindo em 0,5 em 0,5 (pp) chega a 14%", completou.
O "pior cen�rio" de Barbosa inclui reajustes nos combust�veis e na energia el�trica, eleva��o na taxa de c�mbio, retirada dos est�mulos monet�rios na economia dos Estados Unidos e rebaixamento da nota de risco do Brasil pelas ag�ncias classificadoras. A taxa nominal de 14% significaria uma taxa real de 6%. "O pior cen�rio ainda � um cen�rio com a taxa real de juro muito mais baixa do que a gente viu nos �ltimos anos", ponderou Barbosa.
Seguindo o mesmo racioc�nio de contagem dos intervalos de reuni�es do Copom apresentado por Barbosa - atualmente pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Get�lio Vargas (Ibre/FGV) - percebe-se que a irregularidade dos intervalos n�o � padr�o.
Neste ano, os per�odos oscilaram entre 41 e 48 dias. Mesmo em 2010, quando tamb�m houve Copa do Mundo (na �frica do Sul) e elei��es gerais, os intervalos tiveram a mesma oscila��o. Procurado, o BC ainda n�o respondeu aos questionamentos encaminhados � assessoria de imprensa.