
“Mais do que tentar encontrar uma sa�da para dar previsibilidade �s suas receitas e equilibrar suas contas, a disposi��o de Gra�a em enfrentar o governo revela seu temor de piora na avers�o do mercado externo com a inger�ncia governamental nos neg�cios da companhia”, avaliou Hernani Chaves, ge�logo petrol�fero e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Para ele, a executiva acerta ao afirmar que os pre�os defasados dificultam at� mesmo uma avalia��o correta de sua gest�o.
A falta de consenso tem provocado movimentos s�bitos de alta e queda nos pap�is da Petrobras desde o fim de outubro, quando Gra�a apresentou aos s�cios a f�rmula de atualiza��o peri�dica e autom�tica para seus pre�os. Por mais uma vez, Mantega mostrou-se contr�rio � sugest�o, ressaltando que o tema n�o estaria maduro para ser implantado e temendo o surgimento de um novo indexador da economia, de forte potencial inflacion�rio.
Essas justificativas tamb�m serviram para o ministro, que preside o conselho como representante do s�cio controlador, a Uni�o, para adiar o encontro no qual seria dada uma resposta sobre o gatilho. “A reuni�o foi adiada para o dia 28 ou 29 para aperfei�oar as mat�rias que est�o em pauta”, disse Mantega ontem. Com isso, a incerteza geral come�a a contaminar at� mesmo a expectativa de um aumento de 5% a 7%, ainda este ano, nos valores das tabelas das refinarias, para diminuir a elevada defasagem internacional de pre�os da petroleira.