A desvaloriza��o do real em rela��o ao d�lar n�o inibiu a entrada de produtos importados no mercado brasileiro no terceiro trimestre. De acordo com os Coeficientes de Exporta��o e Importa��o (CEI) divulgados nesta quinta-feira, 21, pela Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), embora o Coeficiente de Importa��o (CI), que mede a participa��o das importa��es no consumo aparente da ind�stria brasileira, tenha terminado o terceiro trimestre em 24,7%, pouco abaixo dos tr�s meses anteriores (24,8%), o Coeficiente de Exporta��o (CE), que mede a participa��o das exporta��es na receita total do setor, passou de 21% para 20,5%.
Em nota, o diretor do Departamento de Rela��es Internacionais e Com�rcio Exterior (Derex) da Fiesp, Roberto Giannetti disse que � preciso cerca de seis meses para que os efeitos de uma mudan�a cambial sejam absorvidos pela economia.
Giannetti explicou que o ganho de competitividade da moeda brasileira n�o ocorreu em rela��o �s moedas de outros pa�ses com os quais o Brasil possui grande volume de com�rcio. "China, Jap�o e outras na��es asi�ticas e sul-americanas tamb�m sofreram deprecia��o de suas moedas perante o d�lar americano. Houve, portanto, uma desvaloriza��o geral no mesmo per�odo, o que roubou a competitividade da ind�stria brasileira", afirmou.
De acordo com a an�lise do Derex, a redu��o do CE tamb�m pode ser atribu�da � acomoda��o da ind�stria, ap�s o forte desempenho do setor no segundo trimestre de 2013. Segundo o departamento, entre os meses de julho e setembro a demanda dom�stica cresceu 4 1%, mas, deste montante, somente 17,6% foram absorvidos por produtos nacionais. A grande fatia, de 82,4%, foi dominada por artigos fabricados fora do Pa�s.