Os ministros da Fazenda, Guido Mantega e da Advocacia-Geral da Uni�o, Lu�s In�cio Adams; e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, chegaram ao Supremo Tribunal Federal (STF). Eles entraram pela garagem e n�o falaram com a imprensa. Est� marcada uma reuni�o com o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa.
Apesar de n�o constar na agenda de Mantega, a reportagem apurou que o ministro deve se reunir com outros dois ministros do STF ap�s a audi�ncia com o presidente da Corte. Na agenda de Tombini est�o previstos encontros com a ministra Rosa Weber e o ministro Ricardo Lewandowski. Mantega se deslocou de S�o Paulo para cumprir esses compromissos nesta sexta-feira, 22, em Bras�lia. Na capital paulista, ele se reuniu na quinta com representantes dos bancos Bradesco, Ita� e Santander.
O tema da reuni�o no STF n�o foi divulgada. Mas como informou na v�spera a reportagem, a equipe econ�mica do governo faz, desde a semana passada, uma romaria ao STF na tentativa de evitar uma derrota bilion�ria para os bancos em processos que contestam a corre��o das cadernetas de poupan�a ap�s a implanta��o de planos econ�micos de combate � infla��o nas d�cadas de 1980 e 1990. A conta pode chegar a R$ 149 bilh�es.
O cen�rio descrito pelo governo � catastr�fico para o setor financeiro: redu��o dr�stica na concess�o cr�dito, quebra de bancos e a possibilidade de que sobre para o contribuinte cobrir o rombo que ser� criado na Caixa Econ�mica Federal. O quadro preocupa ainda mais o governo porque a medida seria implementada em 2014, quando Dilma Rousseff tenta a reelei��o. Evitar a vit�ria dos poupadores � algo extremamente impopular. Em um ano de elei��o pode ser fatal.
A decis�o do Supremo encerrar� uma disputa de duas d�cadas envolvendo milhares de poupadores e institui��es financeiras. No centro da discuss�o, est� a aplica��o de novos �ndices de corre��o das cadernetas de poupan�a em raz�o de planos econ�micos que se sucediam numa tentativa de conter a hiperinfla��o que marcou o per�odo. O governo fixava a remunera��o da caderneta nos pacotes que baixava para, assim, conter a alta dos pre�os.
Em todas as inst�ncias judiciais, o poupador obteve vit�rias, at� agora. O desfecho desse caso, por�m, est� marcado para ser desenhado na pr�xima semana pelos votos de dez ministros do Supremo. O ministro Lu�s Roberto Barroso n�o deve participar do julgamento, pois atuou como advogado antes de ser nomeado para a Corte.