
Nesta entrevista ao Correio, o ex-agricultor e ex-banqueiro revela que, embora esteja mais comedido, n�o abandonou o h�bito de ter belas e jovens mulheres em sua companhia. Morando sozinho, ele conta que sem elas morreria. Mas descarta o folclore criado em torno de sua figura, de exibicionismo na sociedade paulista. “Nunca gastaria R$ 50 mil numa noite, como esse tal de rei do camarote”, brinca.
Como o senhor avalia a atual situa��o econ�mica do Brasil?
O momento � preocupante. Quem � consciente est� apreensivo com o que est� ocorrendo, a exemplo da possibilidade de redu��o na nota de cr�dito do pa�s. � tudo um contrassenso; vivemos uma situa��o de pleno emprego, mas com baixo crescimento. Somos gigantes, mas enfrentamos uma m�quina p�blica paralisante. A burocracia existe para atrapalhar e n�o para ajudar. H� seis anos, descobri dois minerais de terras raras em Barreiras (BA) e em S�o Paulo, mas o licenciamento ambiental n�o sai.
Os ambientalistas e �rg�os de controle apontam riscos � biodiversidade. O senhor discorda?
Se a minha mina come�asse a ser explorada poderia levar grande progresso para a regi�o. � a mesma dificuldade enfrentada na constru��o de hidrel�tricas na Amaz�nia.
O senhor come�ou a se dedicar a agropecu�ria em Mato Grosso durante o regime militar?
Foi em 1966, nas franjas da Amaz�nia. N�o se produzia nada l�. Era preciso levar os garrotes de caminh�o para engordar em S�o Paulo. Se fossem pelo ch�o perdiam metade do peso. Quando cheguei � Chapada dos Parecis, nem capim se podia plantar l�. Morreram 2 mil cabe�as de gado da fazenda, em raz�o da acidez e da falta de micronutrientes na terra, hoje uma das melhores do pa�s. Descobri uma jazida de calc�rio e come�amos a us�-lo para corrigir o solo. Quando passei a produzir gr�os, o problema era o escoamento da safra, que at� hoje representa um custo muito alto.