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Estado de Minas

Aeroportos privados mudam de cara no pa�s


postado em 24/11/2013 08:52

Cerca de um ano depois de serem transferidos para a gest�o privada, os aeroportos de Bras�lia, Guarulhos e Viracopos t�m suas obras de amplia��o adiantadas, novas lojas, mais estacionamentos e banheiros reformados. Os passageiros, no entanto, ainda circulam em terminais lotados e companhias a�reas e lojistas reclamam de aumento de pre�os pelas novas operadoras.

Neste momento, as concession�rias correm contra o tempo para entregar as principais obras de amplia��o antes da Copa do Mundo. Em Guarulhos, cerca de 8.000 pessoas trabalham na constru��o do terceiro terminal de passageiros. Em Viracopos, as obras do novo terminal, que substituir� o atual, recebem cobertura para evitar interrup��es com as chuvas de ver�o. Em Bras�lia, as obras s�o feitas no terminal em opera��o, que ter� sua capacidade ampliada em 30% na primeira fase. A meta das administradoras � terminar as principais reformas e amplia��es em maio de 2014.

A Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) acompanha mensalmente o desempenho das concession�rias. Em relat�rio obtido pelo Estado, a Anac classifica como “muito satisfat�rio” o desempenho das operadoras. “As obras t�m sido executadas em ritmo adequado e muitas melhorias podem ser observadas nos tr�s aeroportos”, afirma o documento.

De acordo com a Anac, os tr�s cons�rcios vencedores - juntamente com o de S�o Gon�alo do Amarante, na regi�o metropolitana de Natal - desembolsaram R$ 3,2 bilh�es de um total de R$ 5,058 bilh�es de investimentos obrigat�rios na primeira fase. Os tr�s aeroportos foram leiloados em fevereiro de 2012 e as empresas assumiram completamente a opera��o em fevereiro deste ano.

A ag�ncia aponta entre as melhorias nos aeroportos a amplia��o dos estacionamentos, a reforma dos banheiros e a troca da sinaliza��o.

Foi com esse otimismo que o governo concedeu na sexta-feira mais dois aeroportos � iniciativa privada - o Gale�o, no Rio, e Confins, em Minas Gerais.

Percep��o

Apesar das reformas, muitos passageiros ainda n�o perceberam melhorias significativas nos aeroportos privatizados. “N�o vi nada de diferente”, disse Ana Maria dos Santos, que desembarcou na semana passada em Guarulhos.

“Muita cosm�tica foi feita at� agora. O que far� a diferen�a mesmo na qualidade dos aeroportos s�o as mudan�as na infraestrutura”, disse o diretor no Brasil da Associa��o Internacional de Transporte A�reo (Iata), Carlos Ebner. “Isso depende da conclus�o das obras”, disse.

As empresas, no entanto, j� sentiram um aumento de pre�os nos servi�os n�o regulados. A tarifa de embarque, cobrada do passageiro na compra da passagem, � regulada pela Anac e n�o pode ser elevada pelas concession�rias. A conta chegou para o varejo e para as companhias a�reas com reajuste de pre�os de aluguel de lojas, balc�es de check in, �reas de manuten��o e servi�os de publicidade, disseram ao Estado quatro fontes do setor. Uma delas, no entanto, admite que alguns pre�os da Infraero estavam defasados e agora est�o compat�veis com os valores cobrados em aeroportos estrangeiros similares.

Um exemplo de servi�o que ficou mais caro � a taxa cobrada das distribuidoras de combust�vel pelo espa�o que ocupam para armazenagem do querosene de avia��o, que subiu nos aeroportos de Guarulhos e Bras�lia ap�s a privatiza��o, apurou o Estado. “S� em um deles o reajuste foi de 27% e a conta para as companhias a�reas chegar� a R$ 11 milh�es por ano”, disse uma fonte do setor.

As companhias �reas chegaram a solicitar � Anac que os pre�os cobrados pelo uso de �reas operacionais fossem tabelados, mas o pleito n�o foi atendido. “Defendemos que o retorno sobre o investimento das concession�rias venha da explora��o comercial”, disse Ebner, da Iata. “N�o podemos encarecer os aeroportos do Brasil. Isso tira a competitividade da avia��o e faz ela crescer menos.”

Juntos, os cons�rcios que administram os aeroportos de Guarulhos Bras�lia e Viracopos pagaram R$ 24,5 bilh�es de outorga pelas concess�es, um �gio de 347% em rela��o ao lance inicial do leil�o, realizado em fevereiro do ano passado.

Varejo. As tr�s concession�rias que operam os aeroportos privatizados apontam a amplia��o da �rea comercial e mudan�as no mix de lojas como a chave para viabilizar a rentabilidade dos aeroportos. Varejistas consultados pelo Estado disseram que j� sentem pre�os maiores no aluguel das lojas.

As concession�rias, no entanto, afirmam que o aumento da receita comercial n�o vir� necessariamente de aumento do aluguel, mas de uma gest�o melhor do espa�o. “Aumentamos a �rea comercial e qualificamos o servi�o, o que fez com que as lojas vendessem mais”, disse o diretor comercial do aeroporto de Guarulhos, Fernando Sellos. As operadoras privadas querem atrair marcas conhecidas para os aeroportos e reorganizar a disposi��o dos espa�os na inten��o de vender mais.

Segundo ele, a receita comercial do aeroporto passou de 30% para 50% do total ap�s o grupo assumir a opera��o.


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