O presidente da Embratur, Fl�vio Dino, afirmou nesta ter�a-feira, que o aumento dos pre�os das passagens a�reas foi de 146% em termos reais entre os anos de 2005 a 2012. Em audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado, Dino informou que o c�lculo � feito com base em dados do IPCA, �ndice de pre�os ao consumidor do IBGE.
Segundo ele, esse indicador sozinho teve eleva��o no per�odo de 50%. Contudo, a varia��o exclusivamente para as passagens a�reas um dos itens pesquisados pelo IPCA, chegou a 200%.
Dino disse que a tend�ncia � de "aquecimento da demanda", uma vez que houve o aumento de 38 milh�es para 100 milh�es de passageiros do transporte nos �ltimos anos, decorrente, segundo ele, da ascens�o econ�mica de novos usu�rios. "Esse � o fator predominante para que n�s tenhamos um aumento da expans�o da demanda do setor a�reo. A tend�ncia � que essa curva prossiga", afirmou.
O presidente da Embratur disse que n�o "existe" turismo no Brasil ou ele s� "existe" se for pelo avi�o, diante do tamanho do Pa�s e da dificuldade de se usar os outros tipos de transporte. Dino defendeu o fortalecimento da avia��o regional para dar conta do aumento do n�mero dos usu�rios sem que isso leve a uma eleva��o dos pre�os. Ele citou o exemplo da Uni�o Europeia que subiu de 1,6% para 20% a participa��o das empresas a�reas de baixo custo, que acrescentou 44 milh�es de passageiros na regi�o e levou a um aumento de 33% do n�mero de usu�rios.
"A tese principal que n�s trazemos ao debate � de caminharmos nessa dire��o: ter maior concorr�ncia para diminuir os pre�os. O c�u � autenticamente o limite, o avi�o vai at� a estratosfera e os pre�os v�o junto", disse.
Fl�vio Dino sugeriu que se acelere a implementa��o do plano de avia��o regional, que prev� o investimento de R$ 7 bilh�es para a constru��o de cerca de 270 aeroportos espalhados pelo Pa�s. Mas ele ressalvou que, al�m das obras, � preciso manter a pol�tica de concess�o de incentivos para se investir no setor. "O aeroporto tem essa voca��o, � preciso que exista tamb�m o avi�o", afirmou.
O presidente da Embratur disse ter a preocupa��o de que o bom momento do turismo brasileiro n�o se perca em raz�o da baixa competitividade no setor. "N�s precisamos dar conta do volume de crescimento", afirmou.