
“Estamos amadurecendo uma modalidade, n�o vou dizer nem uma f�rmula, para um eventual reajuste do combust�vel. Evidentemente n�o pode ser por indexa��o, porque estamos trabalhando no Brasil para reduzir a infla��o”, afirmou o ministro, ontem, depois de participar da reuni�o com empres�rios na sede da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). “Estamos fazendo uma discuss�o na diretoria e no conselho de administra��o at� amadurecermos uma forma que seja considerada satisfat�ria”, afirmou. “A f�rmula do reajuste n�o pode ser de improviso. � algo que tem que ser muito cauteloso para que se tenha uma metodologia que n�o seja inflacion�ria, que n�o indexe a economia. Quando ela estiver pronta, ser� apresentada”, comentou.
Mantega evitou comentar se haver� um reajuste ainda este ano. “Isso depende da diretoria da empresa”, afirmou. A pr�xima reuni�o do Conselho da Petrobras, que � presidido por Mantega, e na qual ser� avaliada a nova metodologia do reajuste e outros assuntos da pauta, est� prevista para sexta-feira, em S�o Paulo.
Pouco antes de o ministro fazer seus coment�rios na CNI, a cota��o dos pap�is preferenciais da Petrobras havia atingido a m�xima do dia, de R$ 20,04. “Essa queda (nas a��es da estatal) � mais um reflexo da falta de confian�a do mercado no governo”, avaliou o economista-chefe da Gradual Investimentos, Andr� Perfeito. Ele concorda com o governo de que n�o se pode criar uma f�rmula para o reajuste, pois isso abriria espa�o para que outros setores indexarem a infla��o. “Mas o que eu n�o tolero � o fato de o governo brincar com o mercado soltando comunicados truncados. � um absurdo a forma de comunica��o do governo”, criticou ele lembrando que, em 30 de outubro, a Petrobras soltou ao mercado um fato relevante explicando a nova metodologia logo ap�s o resultado ruim do balan�o da companhia. Isso fez com que as a��es da empresa subissem 10% na primeiro dia �til seguinte.
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, tamb�m criticou a falta de um discurso �nico dentro do governo e avaliou que a Comiss�o de Valores Mobili�rios deveria multar a estatal por ter feito um comunicado ao mercado sem que a metodologia fosse aprovada pelo governo. “Na realidade, hoje existe um paradoxo de que o que � bom para o governo � ruim para a Petrobras e vice-versa”, afirmou ele, lembrando que o pre�o dos combust�veis vem sendo controlado desde 2010 para segurar o aumento do custo de vida dos brasileiros.
SEM CR�DITO
Apesar de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar ontem a empres�rios na Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) que “o Brasil est� bem na foto” porque vem crescendo mais do que v�rios pa�ses, o discurso n�o convenceu os presentes que o encheram de perguntas sobre a prorroga��o do Reintegra, programa de incentivo aos exportadores que termina em 31 de dezembro, e a reforma do Imposto Sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS), que est� travada no Congresso Nacional por falta de consenso entre os parlamentares da base aliada. “Ele demonstrou um otimismo que n�o responde � realidade”, revelou o presidente do Sindicato das Ind�strias Metal�rgicas Mec�nica de Material El�trico de Manaus (Simmmem), Athaydes Mariano F�lix.