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Estado de Minas

Taxa Selic vai a 10% ao ano na sexta alta seguida em decis�o un�nime do Copom


postado em 28/11/2013 06:00 / atualizado em 28/11/2013 10:15

O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) elevou em 0,5 ponto percentual a taxa b�sica de juros (Selic), que passou para 10% ao ano. Esse foi o sexto aumento consecutivo, desde outubro de 2012, quando a Selic chegou a 7,25% ao ano, o menor n�vel da hist�ria. Com a decis�o por unanimidade, a diretoria do Banco Central enterrou de vez o desejo da presidente Dilma Rousseff de ter juros de apenas um d�gito e taxa real – descontada a infla��o – de 2% ao ano. Em comunicado diferente dos quatro anteriores, a autoridade monet�ria deixa a entender que reduzir� o ritmo do arrocho.

O economista-chefe do Espirito Santo Investement Bank, Jankiel Santos, n�o se surpreendeu com a alta da Selic. Conforme ele, o Banco Central sinalizou essa eleva��o em comunicado e ata ao mercado, mas isso n�o � suficiente para recuperar a credibilidade, arranhada, ap�s ser leniente com a infla��o. Santos ressaltou que o discurso do governo de que quest�es internacionais t�m efeito direito no fen�meno causado pela carestia n�o � uma justificativa plaus�vel para segurar o aperto monet�rio.

O Planalto investiu em um modelo econ�mico para impulsionar o crescimento e passou a ser tolerante com a infla��o, al�m de aumentar os gastos p�blicos e a recorrer a contabilidade criativa para maqui�-los. Entretanto, com essa combina��o explosiva, o governo e o BC que passaram a conviver com fen�meno de carestia que resiste em ceder, deteriora��o das contas p�blicas e baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Nem a Selic em patamares hist�ricos na casa de um d�gito no fim do ano passado impulsionou o consumo das fam�lias. Com isso, o crescimento do pa�s no primeiro trimestre foi de apenas 0,6%, quando a equipe econ�mica esperava um resultado acima de 1%. Em meio a esse cen�rio, o BC foi for�ado a iniciar um processo de eleva��o da taxa b�sica de juros. Entretanto, o mercado continua desconfiado se o arrocho da autoridade monet�ria ser� suficiente para controlar a carestia.

O Pal�cio do Planalto, por sua vez, teme com a possibilidade de entregar, ao fim do mandato, uma Selic maior que 10,75%, percentual que recebeu de Lula, e aposta em uma taxa b�sica de juros de 10,25% ao ano em 2014.

ALERTA Para o setor varejista, a alta da Selic pode comprometer o crescimento do �ltimo semestre, comprometendo o poder de compra dos brasileiros faltando poucos dias para o Natal. De acordo com o presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Bruno Falci, apesar de o aumento da taxa b�sica ser esperado, uma redu��o dos juros poderia representar impulso extra nas vendas do com�rcio. Para ele, o aumento dos juros � um dos principais entraves do setor, que sofre com a queda de vendas quando os custos do cr�dito aumentam. Falci acredita que o avan�o do setor em BH deve continuar no mesmo patamar, encerrando o ano com alta entre 4,5% e 5,5%. Para 2014, a expectativa da CDL-BH � mais moderada, em torno de 3,5%. “Mas, se houver redu��es na taxa Selic no pr�ximo ano, a previs�o de vendas o com�rcio poder� ser revista para cima”, completa.

O presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado J�nior, apesar de Europa e Estados Unidos n�o estarem recuperados da crise, pa�ses vizinhos da Am�rica Latina, como Peru, Chile e Col�mbia, por exemplo, n�o sofrem as mesmas press�es inflacionarias. “Enquanto esse pa�ses apresentam infla��o acumulada em 12 meses abaixo de 3%, no Brasil a infla��o ronda os 6%. Por outro lado, se em 2012 nosso PIB cresceu 0,9%, Peru, Chile e Col�mbia avan�aram, respectivamente, 6,3%, 5,6% e 4%. Portanto, alguma coisa est� errada”, afirma. Para ele, o investimento continua estagnado. “Em torno de 18% do PIB, limitando nossas possibilidades de crescimento sustentado. Precisamos parar com esse c�rculo vicioso que n�o contribui para a eleva��o da produtividade e para ganhos de competitividade no Brasil”, completa.

Para economista da Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecom�rcio-MG) Gabriel de Andrade Ivo, o aumento da taxa de juros para pressionar a infla��o n�o reflete bons resultados. “O governo precisa apresentar propostas mais convincentes. A infla��o est� cada dia maior e tende a piorar com o aumento da gasolina e do transporte p�blico.”


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