Ministro da Agricultura diz que medidas s�o suficientes contra lagarta

O ministro da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento, Ant�nio Andrade, disse nesta sexta-feira, 29, em Uberaba (MG), que as medidas agron�micas propostas para o combate � lagarta Helicoverpa armigera s�o suficientes para controlar o avan�o do inseto. A mais nova praga das lavouras brasileiras j� levou � decreta��o de emerg�ncia fitossanit�ria no oeste da Bahia, em Goi�s e Mato Grosso e em 90 cidades de Minas Gerais, entre eles Uberaba.

Reunido com representantes de agricultores das principais regi�es produtoras de Minas, Andrade disse que, al�m do controle qu�mico com o uso de defensivos liberados excepcionalmente pelo governo, � importante a ado��o de boas pr�ticas agr�colas. Entre elas, citou o vazio sanit�rio - per�odo em que as culturas suscet�veis n�o s�o plantadas -, a ado��o de �reas de ref�gio com o cultivo de sementes convencionais e a destrui��o de restos culturais. De acordo com ele, os pesquisadores atribuem o crescimento da Helicoverpa �s pr�ticas de cultivo inadequadas.

Andrade disse que a Lei 12.873, sancionada em outubro pela presidente Dilma Rousseff, deu ao minist�rio maior flexibilidade de a��o nos casos de emerg�ncias que envolvam pragas na agricultura ou na pecu�ria. Segundo a lei, pode ser concedida autoriza��o especial para uso de agrot�xicos ainda n�o validados no Pa�s, desde que, comprovadamente, n�o causem graves danos ao meio ambiente e riscos � sa�de p�blica.

Entre os produtos que podem ser importados em car�ter emergencial, est�o agroqu�micos � base de benzoato de emamectina subst�ncia que demonstrou efici�ncia contra a lagarta, mas o uso deve ser acompanhado por fiscaliza��o. A lei exige que os produtos a serem usados estejam autorizados em grandes pa�ses e blocos produtores, como os Estados Unidos e a Uni�o Europeia (UE), devendo ainda obedecer �s normas internacionais em rela��o � seguran�a alimentar.

No Paran�, um grupo t�cnico criado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado iniciou o trabalho de vigil�ncia para identificar a presen�a e a quantidade da Helicoverpa nas lavouras. Com o monitoramento, o Estado produzir� um diagn�stico sobre a ocorr�ncia da praga. O trabalho pode servir como subs�dio para poss�vel decreta��o de emerg�ncia fitossanit�ria nas regi�es mais afetadas.