Em greve h� nove dias em Belo Horizonte, os trabalhadores da constru��o civil rejeitaram, na noite desta ter�a-feira, reajuste de salarial de 8,5%, apresentado pela Justi�a durante uma reuni�o concilia��o entre patr�es e empregados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Com isso, a categoria vai seguir com o movimento.
Durante o encontro, foi proposto tamb�m que os trabalhadores e as construtoras arquem com o custo dos dias parados, sendo que cada parte ficaria com 50%.
Na tarde desta ter�a, grevistas ocuparam parte da Avenida Get�lio Vargas, em frente � sede do TRT, no Bairro Funcion�rios, Centro-Sul de BH, enquanto acontecia a reuni�o. Alguns deles ficaram deitados no asfalto, o que impediu a passagem de ve�culos sentido Bairro Serra. Eles sa�ram em passeata pelo Centro convocando colegas de trabalho em canteiros de obra.
Houve um princ�pio de tumulto em frente ao TRT e tr�s bombas foram detonadas pelos manifestantes, mas a situa��o foi rapidamente controlada por policiais militares do Batalh�o de Choque, do Tr�nsito , 1º Batalh�o e Rotam, que permanecem no local, protegendo a entrada do TRT.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Constru��o de Belo Horizonte e Regi�o (Stic-BH), a categoria reivindica almo�o nos canteiros de obras (22 t�quetes de R$ 15 por m�s, sem preju�zo para a cesta b�sica ,que j� � fornecida), caf� da tarde (o da manh� j� � servido) e reajuste de 12% dos sal�rios. Eles recusaram a proposta de 7,5%. Os trabalhadores querem sal�rio de R$ 2,3 mil para pedreiro, carpinteiro, eletricista e marceneiro, que hoje ganham R$ 1.137,00, e de R$ 1,5 mil para os respectivos ajudantes, que hoje recebem R$ 743,60. Essas reivindica��es n�o foram discutidas durante a reuni�o, de acordo com o sindicato.
Segundo o Stic-BH, o almo�o nos canteiros de obras � servido apenas para os trabalhadores que chegam de outras cidades e estados e que moram em alojamento. Eles querem a refei��o para todos. Se n�o houver acordo, o juiz pode designar uma nova audi�ncia e apresentar uma proposta conciliat�ria para a categoria discutir. Mesmo assim, se n�o houver nenhuma decis�o, ser� institu�do um processo e a decis�o fica por conta do colegiado do TRT.