O impacto do reajuste de 4% no pre�o da gasolina nas refinarias j� est� pressionando a infla��o ao consumidor na cidade de S�o Paulo. De acordo com a Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe), o combust�vel saiu de uma defla��o de 0,04% no �mbito do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) de novembro para uma alta de 1,80% na primeira leitura de dezembro. O etanol tamb�m ficou mais caro no per�odo e passou de uma taxa positiva de 1,42% para 2,71% na primeira quadrissemana deste m�s (�ltimos 30 dias encerrados no s�bado, dia 7).
Os n�meros foram divulgados nesta quarta-feira, 11, pelo coordenador do IPC-Fipe, o economista Rafael Costa Lima, que tamb�m avaliou a desacelera��o para 0,45% do �ndice na primeira medi��o do m�s, ante 0,46% no encerramento de novembro. O grupo Transportes subiu 0,43% (de -0,02%). "A gasolina deve vir ainda mais alta nas pr�ximas leituras. Na ponta (pesquisas mais recentes) j� mostra eleva��o pr�xima a 4,4%, enquanto esper�vamos algo perto a 3%. Se essa taxa se mantiver, o repasse anunciado praticamente ser� integral", avaliou.
C�lculos da Fipe indicam que o aumento no pre�o da gasolina ter� um efeito de 0,06 ponto porcentual no IPC de dezembro. Costa Lima lembra que a alta do etanol, al�m de sentir o efeito do reajuste da gasolina, tamb�m subiu devido ao in�cio do per�odo de entressafra da cana-de-a��car.
Etanol x Gasolina
Apesar do tamb�m avan�o no pre�o do �lcool combust�vel, dados da Fipe mostram que ainda continua valendo a pena abastecer o ve�culo com etanol na capital paulista. A rela��o entre o etanol e a gasolina passou de 66,20% na �ltima semana de novembro para 66,21% na primeira deste m�s. Segundo Costa Lima, trata-se do menor resultado para uma primeira semana de dezembro desde igual leitura de dezembro de 2009 (65,03%). Mesmo com o reajuste, ele acredita que o etanol pode permanecer com pre�o mais vantajoso que o da gasolina. "Mesmo com sazonalidade, deve continuar mais favor�vel abastecer o carro com etanol.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em rela��o � gasolina quando o pre�o do derivado da cana-de-a��car representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem � calculada considerando que o poder calor�fico do motor ao etanol � de 70% do poder dos motores � gasolina.