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Estado de Minas SINAIS DE CAOS NO HORIZONTE

Problemas com voos lideram reclama��es

Poss�vel caos nos aeroportos deu sinais neste s�bado, que j� registrou voos atrasados


postado em 15/12/2013 06:00 / atualizado em 16/12/2013 07:28

Marco Almeida teve as duas malas extraviadas e indenização oferecida foi de R$ 400, mas os itens roubados valiam US$ 3 mil (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Marco Almeida teve as duas malas extraviadas e indeniza��o oferecida foi de R$ 400, mas os itens roubados valiam US$ 3 mil (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Com a proximidade das festas de fim de ano e o per�odo de f�rias, que fazem com que os aeroportos fiquem cheios, aumentam os problemas registrados por consumidores. Atrasos e cancelamentos de voos, dano e extravio de bagagem est�o entre as queixas mais comuns registradas no Juizado Especial do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH, e no Procon Assembleia, em Belo Horizonte. Neste ano, o Procon j� registrou 366 reclama��es contra companhias a�reas, ante 359 computadas em 2012. No juizado especial do aeroporto foram instaurados 25 processos e 73 casos foram solucionados com acordos pr�-processuais.

De acordo com a Infraero, o fluxo estimado de passageiros nesta �poca do ano nos 63 terminais administrados pela empresa � de 26,27 milh�es, alta de 2,42% em rela��o a 2012. Estima-se ainda que a cada ano 26 milh�es de malas s�o danificadas, furtadas ou extraviadas em viagens a�reas em todo o mundo. Foi o que ocorreu com o empres�rio Marco Almeida, que em novembro viajou com a fam�lia para os EUA. Depois de fazer compras em Miami, o retorno ao Brasil foi cheio de surpresas. Das quatro malas despachadas, chegaram ao aeroporto de Confins apenas duas. Ao procurar o atendente da companhia a�rea, Almeida foi informado de que a bagagem poderia ter sido despachada em outra aeronave e que ela chegaria em at� 24 horas.

Tr�s dias depois, o consumidor recebeu uma liga��o, afirmando que suas malas haviam chegado. Na hora de peg�-las, ele percebeu que um cadeado estava violado e que o peso n�o era correspondente ao do embarque. “Cada mala pesou 30 quilos. Ao chegar aqui, elas estavam com 18 quilos cada uma”, lembra. Marco diz que compareceu ao balc�o de desembarque e registrou queixa com uma atendente, que afirmou que n�o poderia fazer nada. “Fiz fotos das malas, registrei reclama��o no Procon, que tentou um acordo com a companhia, mas n�o deu certo”, afirma. A companhia ofereceu indeniza��o de R$ 400, entretanto os itens roubados da mala foram avaliados em cerca US$ 3 mil, segundo Almeida.

O advogado da CLR Advogados M�rcio Maciel explica que o consumidor � protegido pelo C�digo de Defesa do Consumidor (CDC) e que ap�s o check-in a empresa � respons�vel pelos volumes e deve indenizar o cliente caso as malas sejam extraviadas ou entregues com danos. Ainda de acordo com o especialista, para comprovar o dano o passageiro deve apresentar o comprovante de despacho da bagagem no balc�o da companhia a�rea ou na Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) e registrar a reclama��o por meio de preenchimento de registro de irregularidade de bagagem (RIB). “Antes do check-in o passageiro deve identificar todos os volumes com etiquetas com nome, endere�o completo e telefone. Al�m disso, deve guardar todos os comprovantes, como bilhetes e cart�o de embarque, e formalizar a queixa antes mesmo de sair da sala de desembarque”, recomenda.

COMPROVANTES
Em casos de extravio, as companhias a�reas t�m prazo de 30 dias em voos dom�sticos e 21 dias em voos internacionais para entregar as bagagens no endere�o indicado pelo passageiro ou ressarci-los baseadas na declara��o de conte�do. As indeniza��es podem ser exigidas no caso de dano ou extravio da bagagem quando houver atraso ou cancelamento de voo. Para exigir o ressarcimento, � importante guardar o cart�o de embarque e comprovante dos gastos eventualmente realizados, como alimenta��o, transporte, hospedagem e comunica��o, ou documentos relacionados � atividade profissional que seria cumprida no destino.

Reembolso a ver navios

Renata Oliveira em menos de uma semana enfrentou quatro cancelamentos de voos:
Renata Oliveira em menos de uma semana enfrentou quatro cancelamentos de voos: "N�o pagaram nem o estacionamento" (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
A engenheira civil Renata Oliveira conta que em menos de uma semana teve quatro problemas com uma companhia a�rea por cancelamento de voo e atraso. A cada 15 dias, ela precisa ir de Belo Horizonte a Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, vistoriar um obra. Geralmente ela vai e volta no mesmo dia. Nas �ltimas vezes por�m, Renata perdeu dias de trabalho depois de ficar horas no aeroporto. “Em nenhuma da vezes a empresa prestou informa��es, e nem se propuseram a pagar alimenta��o, transporte e estacionamento, que eu gastei nessas idas e vindas”, comenta.

O juiz de direito de Pedro Leopoldo e coordenador do Juizado Especial de Confins, Ot�vio Lomonaco, afirma que as empresas devem providenciar alimenta��o, comunica��o e acomoda��o dos passageiros quando houver atraso ou cancelamentos de viagens. Ainda de acordo com Lomonaco, a assist�ncia deve ser realizada de forma gradual, em conformidade com o tempo de espera.

“Os consumidores que se sentirem lesados por falta de assist�ncia podem procurar o juizado, que, na hora, tenta um acordo pr�-processual entre o cliente e a empresa”, afirma o juiz. Segundo Lomonaco, o maior entrave do �rg�o � o fato de que as companhias limitam o poder de atua��o de seus gerentes e supervisores escalados para as a��es. “Quando n�o h� um acordo e se o consumidor n�o quiser registrar a queixa no juizado em Confins, ele pode guardar todos os comprovantes e procurar outro juizado ou o Procon”, explica. (FM)


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