Caso o d�lar n�o tivesse se valorizado tanto ante o real, a infla��o medida pelo �ndice Geral de Pre�os - 10 (IGP-10) teria fechado muito mais pr�xima de 4%, disse o superintendente adjunto de infla��o da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Salom�o Quadros. Mas com o grande impacto do c�mbio sobre os pre�os no atacado e, posteriormente, no varejo, o indicador fechou o ano de 2013 com alta de 5,39%.
Ainda assim, o resultado ficou abaixo do IGP-10 de 2012, quando teve alta de 7,42%, ressaltou Quadros. "Este foi claramente um ano de desacelera��o, embora n�o tenha sido ininterrupta ou linear, porque teve per�odos de acelera��o", disse o superintendente.
Depois de chegar ao pico em setembro, os IGPs vinham desacelerando nos �ltimos meses, cedendo ao ajuste para baixo no c�mbio. Agora, por�m, outros fatores impulsionam a infla��o, como a alta dos combust�veis e efeitos sazonais (como em alimentos in natura). "O IGP-10 de dezembro veio a confirmar o esgotamento da desacelera��o. � o in�cio de outro processo de acelera��o."
A cota��o do d�lar, apesar de ter voltado a se valorizar nas �ltimas semanas, ainda n�o representa novamente uma press�o inflacion�ria, na vis�o de Quadros. Esse papel, contudo, ficar� para o ano que vem, quando � esperada nova desvaloriza��o. "Como a situa��o macroecon�mica tem algumas instabilidades, o c�mbio reflete isso", disse. "Mas ainda n�o se transforma em press�o porque ningu�m quer errar repassando algo que depois pode acabar recuando."
Para ele, a press�o do c�mbio ficar� mais clara em 2014, em fun��o do desequil�brio no balan�o de pagamentos brasileiro e da modifica��o da pol�tica monet�ria dos Estados Unidos.