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Estado de Minas

Fed outra vez frente ao dilema de modificar pol�tica monet�ria ultraflex�vel


postado em 16/12/2013 16:26 / atualizado em 16/12/2013 18:43

Chegou o momento de endurecer a pol�tica monet�ria ultraflex�vel que deu sustenta��o � recupera��o da economia dos Estados Unidos? O Federal Reserve (Fed) se re�ne na ter�a e quarta-feira em Washington para responder a esta pergunta que atormenta os mercados e divide os especialistas.

Antes de tornar p�blico seu veredicto na quarta-feira �s 17H00 de Bras�lia, os membros do Comit� de Pol�tica Monet�ria do Federal Reserve (FOMC) examinar�o a recente recupera��o da economia norte-americana para avaliar se chegou a hora de frear as inje��es maci�as de liquidez ao mercado.

Desde janeiro, o Fed compra mensalmente t�tulos do Tesouro e t�tulos hipotec�rios por 85 bilh�es de d�lares, com o objetivo de sustentar a atividade econ�mica. Al�m disso, mant�m desde 2008 sua taxa b�sica de juros pr�xima a zero, e espera-se que continue fazendo isso a m�dio prazo, contribuindo para uma pol�tica de "dinheiro f�cil" que agrada Wall Street, mas alimenta os temores sobre uma poss�vel bolha financeira.

Esta pol�tica parece estar funcionando. A taxa de desemprego caiu em novembro a seu n�vel mais baixo em cinco anos (7%), enquanto o Produto Interno Bruto cresceu 3,6% em proje��o anual no terceiro trimestre, uma acelera��o l�quida em compara��o aos tr�s trimestres anteriores.

Por si s�, isso foi pouco, a incerteza or�ament�ria nos Estados Unidos, destacada continuamente pelo Fed, est� em vias de ser parcialmente resolvida com a obten��o de um acordo no Congresso que afasta o fantasma de uma nova paralisia do governo.

Nesse contexto, se forjou nas �ltimas semanas um forte consenso: o Fed reduzir� suas inje��es de liquidez, mas a quest�o em que momento e a que ritmo permanece em suspenso. James Bullard, integrante do FOMC e presidente do Fed de Saint Louis (Misuri), pediu nesta segunda-feira uma "pequena redu��o" para refletir a melhora do mercado de trabalho, mas cuidou de n�o fazer coment�rios sobre quando.

Durante a reuni�o anterior, no final de outubro, os membros do FOMC disseram que haveria uma mudan�a "nos pr�ximos meses", alimentando constantes especula��es. Zonas de fragilidade Segundo diferentes pesquisas, uma grande maioria de especialistas aposta em uma continua��o da pol�tica monet�ria atual ap�s a reuni�o desta semana.

"N�o h� raz�es para reduzir" a ajuda, disse Joel Naroff, de Naroff Economics Adviser. "Os dados melhoram e o acordo sobre o or�amento reduzir� o impacto do impasse or�ament�rio sobre a economia (...) mas n�o � seguro que os futuros progressos no emprego e o crescimento sejam s�lidos", acrescentou.

A melhora da economia cont�m algumas �reas de fragilidade. A recente alta do crescimento foi impulsionada por uma alta dos estoques das empresas, ef�meros por natureza, em um momento em que o consumo parece estar caindo. A taxa de emprego continua em um n�vel muito baixo (58,6% em novembro), revelando que muitos norte-americanos est�o � margem da popula��o economicamente ativa. Por �ltimo, a infla��o caiu em novembro (0,7%) na compara��o anual, mas continua acima do objetivo para o ano de 2% fixado pelo Fed.

"O Fed realmente quer reduzir seu apoio (...) O recente relat�rio sobre o emprego parece dar luz verde, mas o dado da infla��o � uma pedra no sapato", disse o economista Tim Duy em um blog dedicado ao Fed. A amea�a de problemas or�ament�rios tamb�m pode ressurgir em pouco tempo, j� que republicanos e democratas devem entrar em acordo, antes de 7 de fevereiro, sobre um novo teto da d�vida para evitar que o pa�s entre em default.

Segundo os analistas da BBVA, o Fed dever� se mostrar "prudente" e esperar at� a reuni�o de mar�o para atuar, vigiando um poss�vel "endurecimento das condi��es financeiras". Se esta previs�o for correta, a delicada tarefa de cortar a ajuda do Fed ser� responsabilidade de Janet Yellen, que substituir� Ben Bernanke no final de janeiro, a frente do banco central norte-americano.


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