
Na tarde de ontem, a faixa que exibia o nome do shopping foi retirada do local. Al�m disso, as duas entradas do pr�dio – da Rua Alagoas e da Avenida Crist�v�o Colombo – permaneceram trancadas. Apenas um pedreiro trabalhava no local e informou que fazia a repara��o nas goteiras. O setor de fiscaliza��o da Regional Centro-Sul disse ainda que caso os respons�veis n�o se adequem � lei no prazo de 10 dias, o Xavantes n�o deve ser multado e que a penalidade s� ser� aplicada se o estabelecimento abrir as portas sem a documenta��o necess�ria.
Os pr�ximos esfor�os dos empreendedores para ficar dentro da lei e inaugurar o shopping, no entanto, n�o devem ser suficientes diante dos planos da prefeitura para o antigo Cine Path�. Em novembro de 2012, o Conselho Deliberativo do Patrim�nio Cultural do Munic�pio de BH aprovou projeto da Farkasv�lgyi Arquitetura e da PHV Engenharia para construir um pr�dio de nove andares no local, com entrada pela Rua Alagoas. Em contrapartida, a entrada pela Crist�v�o Colombo ter� a fachada mantida e ser� transformada em complexo cultural com cinema multiuso, com 252 poltronas, al�m de espa�o para exposi��o e cafeteria.
O projeto j� foi aprovado pela Secretaria Municipal de Regula��o Urbana e, de acordo com a Funda��o Municipal de Cultura (FMC), a expectativa � de que a assinatura do termo de coopera��o entre a prefeitura e a iniciativa privada ocorra em fevereiro. As obras devem come�ar no primeiro semestre do ano que vem e serem entregues � popula��o at� o fim de 2015. A FMC lembrou que at� que o projeto passe pela fase de licenciamento na prefeitura a loca��o para o shopping popular pode ocorrer de forma provis�ria, por se tratar de im�vel particular. No entanto, por ser tombado, o inquilino fica proibido de alterar a estrutura interna e a fachada, inclusive com a exibi��o de faixas. A assessoria de imprensa do Xavantes foi procurada e preferiu n�o comentar o caso.
Pol�mica
A pol�mica tem dividido lojistas, moradores e consumidores. Enquanto a presidente da Associa��o dos Lojistas da Savassi, Maria Auxiliadora Teixeira de Souza, afirmou que novo projeto � “incoerente, tendo por base o investimento p�blico de mais de R$ 14 milh�es na revitaliza��o do bairro” e lembrou os esfor�os do empresariado da regi�o junto ao poder p�blico para a retomada do Cine Path� como espa�o cultural, parte dos lojistas n�o acredita em concorr�ncia direta. “Os produtos s�o de marcas e qualidades diferentes dos nossos. Al�m disso, eles s�o mais focados em eletr�nicos”, afirma a gerente da Official Malhas, Luciana Roberta. (Com Fl�via Ayer)