De acordo com previs�o divulgada hoje, no Rio de Janeiro, pela Associa��o de Com�rcio Exterior do Brasil (AEB), as exporta��es brasileiras dever�o ter queda em 2014, bem como as importa��es. A entidade estima que as vendas do Brasil para o exterior no pr�ximo ano dever�o atingir US$ 239,053 bilh�es, mostrando recuo de 0,4% ante as exporta��es esperadas para o ano fechado de 2013, de US$ 239,904 bilh�es.
Para as importa��es, a queda projetada � 3,1% entre a previs�o de US$ 231,830 bilh�es para 2014 e o resultado esperado este ano, de US$ 239,200 bilh�es. O super�vit em 2014, embora pequeno (US$ 7,223 bilh�es), ficar� 926% acima dos US$ 704 milh�es aguardados para este ano.
“Todas as commodities est�o com os pre�os em baixa. Essa queda [das exporta��es] s� n�o vai ser maior porque h� uma expectativa de que, em 2014, a quantidade de petr�leo exportada pela Petrobras aumente 50%. Isso � que vai compensar a queda”, explicou o presidente da AEB, Jos� Augusto de Castro, em entrevista � Ag�ncia Brasil. Sem esse fator, ele alerta que o com�rcio exterior brasileiro experimentaria d�ficit comercial no ano que vem.
Em compara��o � revis�o feita em julho passado, os n�meros fornecidos agora pela AEB revelam incremento para as exporta��es brasileiras este ano (US$ 230,511 bilh�es, projetados em julho, para US$ 239,904 bilh�es hoje). O mesmo ocorreu em rela��o �s importa��es. A revis�o feita em julho apontava embarques para o Brasil no valor de US$ 232,519 bilh�es, contra US$ 239,200 bilh�es previstos nesta ter�a-feira (17).
Jos� Augusto de Castro observou que, em julho deste ano, a AEB projetava um d�ficit comercial em torno de US$ 2 bilh�es na balan�a brasileira, que s� “n�o vai ocorrer porque o valor das plataformas de petr�leo que foram exportadas este ano � recorde em todos os tempos, da ordem de US$ 6,5 bilh�es”. Se n�o fosse por essa raz�o, o pa�s experimentaria d�ficit comercial, garantiu Castro.
Avaliou que o Brasil continuar� sendo um exportador de commodities em 2014. N�o h�, segundo ele, chance de reverter esse cen�rio no curto prazo. Para isso, precisa reduzir o custo de log�stica. “Isso vai demorar, pelo menos, tr�s anos para come�ar a ter resultados”.
Reforma tribut�ria, redu��o do custo trabalhista, diminui��o da burocracia, s�o outras medidas que demandam prazo de dois a tr�s para apresentar resultado, “desde que comecem a ser implantadas agora. Porque, infelizmente, vamos continuar dependentes das commodities (produtos agr�colas e minerais comercializados no mercado internacional)”, comentou.