A produ��o de etanol na maior regi�o a�ucareira do Brasil aumentar� este ano, mas os produtores enfrentam problemas financeiros que podem prejudicar futuras colheitas, afirmou a ind�stria nesta ter�a-feira. A quantidade de a��car processada nesta colheita at� 1º de dezembro chegou a quase 60 milh�es de toneladas, a maioria delas destinadas � crescente produ��o de etanol, segundo a Unica, que representa 60% dos produtores de cana de a��car e processadores do pa�s.
A produ��o de etanol cresceu quase 19% durante o per�odo enquanto a de a��car s� 0,66%, acrescentou. O Brasil � o maior produtor mundial de a��car e o segundo, atr�s dos Estados Unidos, na produ��o de etanol, que o produz a partir do milho. O diretor t�cnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, disse que a colheita 2013-2014 deve chegar a 589 milh�es de toneladas.
A presidente da organiza��o, Elizabeth Farina, atribuiu o aumento da produ��o de etanol em parte ao crescimento da demanda, originada na decis�o do governo de aumentar a porcentagem de etanol misturado com a gasolina: de 20 a 25%. Segundo ela, a crescente produ��o de etanol tamb�m se devia aos "excedentes no mercado mundial de a��car e a potencial demanda vinculada � grande frota de ve�culos com tecnologia flex no pa�s".
Mais de 54% da cana de a��car colhida este ano no Brasil foi estimada para ser usada na produ��o de etanol, 50% a mais que no ano passado. O consumo dom�stico, que absorve 85% do etanol brasileiro produzido a partir da cana de a��car, est� crescendo ao mesmo ritmo que o mercado para ve�culos flex. Em 2020, espera-se que esses ve�culos representem 89% da frota brasileira, dos atuais 60%.
Contudo, a Unica disse que est� preocupada com a queda das receitas devido �s fortes d�vidas das usinas de a��car. "No ano passado, os produtores usaram quase 15% de suas receitas para pagar juros", disse a UNICA em nota � imprensa. Farina destacou que, apesar das recentes medidas oficiais de est�mulo, "a crescente produ��o registrada durante a colheita atual n�o deve se repetir nos pr�ximos anos". "No contexto atual, n�o h� rentabilidade que justifique a constru��o de novas usinas", acrescentou.