Nem mesmo o Banco Central espera um refor�o maior da pol�tica fiscal para combater a infla��o em 2014 e em 2015 - primeiro ano do pr�ximo governo. Mesmo com as promessa do ministro da Fazenda Guido Mantega, de aumentar o super�vit prim�rio das contas p�blicas, proje��es de infla��o divulgadas nesta sexta-feira pelo BC consideram que a pol�tica fiscal se manter� neutra nos pr�ximos dois anos. Ou seja, n�o vai atrapalhar nem ajudar o controle da alta de pre�os.
Hamilton n�o quis apontar o tamanho do super�vit prim�rio desejado pelo BC para enfrentar a infla��o, que permanece em patamares elevados e distante do centro da meta de 4,5%. “Super�vit ideal n�o existe. Por isso, n�o posso me referir a ele”, afirmou. Visto pelo mercado como term�metro da seriedade do governo em rela��o �s suas obriga��es, o super�vit prim�rio representa a economia anual feita para pagamento do servi�o da d�vida p�blica.
Mas o BC deu pistas do super�vit m�nimo necess�rio para n�o piorar o quadro fiscal. O relat�rio de infla��o divulgou proje��es que mostram que o ministro Mantega ter� de elevar o super�vit em 2014 para 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), se quiser manter est�vel a trajet�ria da rela��o entre a d�vida l�quida do setor p�blico e o PIB - principal indicador da sa�de das contas p�blicas.
O porcentual � o mesmo que o ministro Mantega anunciou em agosto ao enviar ao Congresso Nacional a proposta de lei or�ament�ria do ano que vem. Mas a meta de super�vit a ser perseguida em 2014 pelo governo s� ser� conhecida no in�cio do ano.