Maria das Gra�as Carvalho e Rita Maria Ribeiro tiveram um domingo bem diferente. A primeira comemorou as vendas das coloridas roupas de bonecas que ela mesma faz e negocia na Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena: “O faturamento foi cerca de 60% maior do que em um fim de semana comum”. A segunda lamentou pelos poucos clientes que entraram em sua loja de presentes na Rua S�o Paulo: “Abri o estabelecimento cedo, mas menos de 10 pessoas entraram aqui at� agora. E j� s�o 14h30”.
Para se ter ideia, levantamento da C�mara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) constatou que 52% dos consumidores v�o gastar em m�dia de R$ 30 a R$ 75 neste Natal. No de 2012, o valor havia sido de R$ 100 a R$ 150. “Minhas vendas devem cair 10% neste Natal em rela��o ao �ltimo”, calculou Jussara Trede, s�cia da Molokai, no ramo de vestu�rio. A loja fica na Rua Rio de Janeiro, bem em frente � entrada do Shopping Cidade, onde o movimento foi grande. “Minha sugest�o para melhorar o com�rcio � a redu��o de impostos nos produtos. Se mudar a carga tribut�ria, a venda come�a a girar”, acredita a lojista.
Situa��o semelhante ocorreu na Savassi, onde comerciantes avaliaram que perderam parte da clientela para o shopping P�tio Savassi. “O movimento foi abaixo do esperado. O pessoal, em dias de chuva, d� prefer�ncia aos shoppings”, disse Rosana, funcion�ria da Fiki Pize, especializada em cal�ados.
SEM TEMPO RUIM Por sua vez, o movimento de homens e mulheres na Avenida Afonso Pena animou os feirantes. A Pol�cia Militar estimou aumento de 5 mil a 10 mil pessoas no local. “Em um fim de semana normal, a popula��o fixa (comerciantes, empregados etc) gira em torno de 10 mil homens e mulheres. J� a flutuante (consumidores) � de mais ou menos 30 mil. Hoje (ontem), a popula��o fixa continua em cerca de 10 mil, por�m a flutuante est� em torno de 35 mil a 40 mil”, informou o aspirante Jakson, respons�vel pelo policiamento no local.
O militar fez quest�o de ressaltar que at� por volta do meio-dia n�o havia registrado nenhuma ocorr�ncia grave. “Aumentamos o efetivo na regi�o e fizemos um trabalho de preven��o, com informa��es”. A presen�a de mais policiais na feira beneficiou usu�rios e trabalhadores. Uma base m�vel da corpora��o ficou pr�xima � barraca de Maria das Gra�as, a fabricante e vendedora de roupas de bonecas. Em frente � banca dela, centenas de adultos e crian�as caminharam com sacolas em uma m�o e a sombrinha ou guarda-chuva na outra.
Tamb�m houve casais que dividiram a prote��o contra a chuva. Foi o caso de Vin�cius Freitas, que ganha a vida como professor, e Geiska Marmo, banc�ria. Eles chegaram cedo � feira, pesquisaram pre�os e qualidade de produtos e levaram algumas sacolas com lembran�as para parentes e amigos. “O gasto m�dio foi de R$ 50 por presente”, calculou o rapaz enquanto Geiska observava as mercadorias vendidas por Geraldo Perez e o filho, Alan.
Os dois comerciantes produzem bolsas e outros artigos de couro. Para eles, ontem foi um dia lucrativo, mas o domingo anterior foi ainda melhor. A explica��o � a seguinte: boa parte dos clientes de Geraldo e Alan � formada por revendedores do interior. Para quem mora longe da capital, � mais vantajoso comprar na feira com mais anteced�ncia.
NO MINEIRINHO
A Feira do Mineirinho, promovida nas instala��es do est�dio aos domingos e quintas-feiras, funcionar� hoje das 17h �s 22h, para atender as compras de �ltima hora motivadas pelo Natal. S�o mais de 400 estandes sob �rea coberta, que oferecem bijuterias, objetos de decora��o, roupas, cal�ados, cintos e bolsas. O endere�o � Avenida Ant�nio Abrah�o Caran, 50.