Sem barreira para os gastos no exterior

Se ao fim de dezembro as despesas de brasileiros no exterior com viagens crescerem no ritmo da m�dia dos �ltimos 12 meses, ao longo de 2013 ter�o avan�ado 14,2% em compara��o com o ano passado. Os c�lculos foram feitos pelo economista e consultor Felipe Queiroz com base nos dados do Banco Central (BC). De acordo com ele, mesmo com o d�lar valorizado frente ao real, a demanda de brasileiros por viagens internacionais e, em consequ�ncia, gastos no exterior, � crescente . “O que conta mesmo s�o os gastos com turismo e cart�o de cr�dito”, explica.

Somente entre janeiro e novembro, o montante destinado ao turismo no exterior, que leva em conta as compras feitas com cart�o de d�bito e em d�lares ou outras moedas (adquiridas no Brasil), cresceu 19,9% frente a todo o ano de 2012. “O que leva os brasileiros a gastar muito no exterior � o custo absoluto, ou seja a diferen�a discrepante entre o pre�o de um produto no Brasil e o cobrado nos Estados Unidos, por exemplo. Isso sem contar outros fen�menos, como as grandes liquida��es”, explica Queiroz.

Segundo o BC, as despesas no exterior somaram US$ 23,125 bilh�es nos 11 primeiros meses deste ano. Em compara��o com o mesmo per�odo do ano passado (US$ 20,244 bilh�es), houve um aumento de 14,2%. Para Alcides Leite, professor da Trevisan Escola de Neg�cios, esse fen�meno � crescente mesmo com a alta do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) sobre opera��es com cart�o de cr�dito e com a desvaloriza��o do real. Isso ocorre, segundo ele, porque a economia est� crescendo pouco, mas a renda continua em expans�o e o desemprego � baixo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), a taxa de desemprego no pa�s recuou de 5,2% em outubro para em 4,6% em novembro, a menor da s�rie hist�rica iniciada em 2002. N�bia Maria Montalv�o, funcion�ria p�blica, embarcou com quatro pessoas para Orlando para passar o seu segundo Natal na cidade. “Vou aproveitar para fazer umas comprinhas b�sicas, de produtos como eletroeletr�nicos e um iPhone novo. Planejei gastar US$ 5 mil em compras”, observa, comprovando que o IOF e o d�lar mais caro frente ao real n�o s�o capazes de frear o consumo de brasileiros nos EUA. (ZF)