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Estado de Minas

Alimenta��o pesou na infla��o em 2013, mas ter� impacto menor em 2014

O grupo alimenta��o subiu 9,28% em 2013 no fechameno do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC)


postado em 28/12/2013 16:34

Respons�vel por boa parte da infla��o do ano, o grupo alimenta��o subiu 9,28% em 2013 no fechameno do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC), calculado pela Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Funda��o Get�lio Vargas (FGV). Para 2014,o item alimenta��o continuar� pressionando a infla��o, mas em uma escala menor do que em 2013.

O IPC mede a varia��o de pre�os de um conjunto fixo de bens e servi�os componentes de despesas habituais de fam�lias com n�vel de renda situado entre 1 e 33 sal�rios m�nimos mensais. Al�m da alimenta��o, h� sete classes de despesa no IPC: habita��o, vestu�rio, sa�de e cuidados pessoais, educa��o, leitura e recrea��o, transportes, despesas diversas e comunica��o.

Segundo o economista do Ibre, Andr� Braz, “alimenta��o foi uma das despesas que mais contribu�ram para a infla��o de 2013”. A alimenta��o � medida dentro e fora de casa. “S� os alimentos consumidos em resid�ncia, comprados em supermercados, subiram 8,8% de janeiro a dezembro de 2013: alta acima da infla��o m�dia apurada pelo pr�prio indicador, que avan�ou 5,48%, disse.

Acrescentou que o impacto � maior para as fam�lias de baixa renda, que “gastam cerca de 30% do or�amento familiar na compra de alimentos”, observou. Braz informou que h� duas categorias de alimentos: as que – mesmo sem subir fortemente - t�m peso grande no or�amento familiar e as que - embora tenham subido bastante - t�m peso pequeno no or�amento familiar.

O economista destacou que v�rios produtos da cesta b�sica registraram avan�os significativos em 2013. Dois produtos, que fazem parte da dieta do brasileiro, registraram eleva��o significativa: o leite tipo longa vida, que acumulou alta de 21% em 2013; e o p�o franc�s, que subiu 14,5%, ambos pelo IPC da FGV.

Para ele, o vil�o em grande parte do ano foi o tomate, que teve alta de 18%. “Nada desprez�vel”, completou.

O economista disse que a alta dos alimentos poderia ter sido maior se n�o fosse o comportamento de outros itens que registraram queda. “Entre os mais importantes est�o o �leo de soja, com queda de 19%, o a��car refinado, com baixa de 15%, o caf�, com queda de 6% e o feij�o carioca com queda de 12%. Tamb�m na lista dos alimentos em queda h� o arroz e o feij�o, itens importantes na dieta do brasileiro.

Andr� Braz destacou ainda que o pre�o do bacalhau, que tem v�rios tipos, ficou em m�dia 9,69% mais barato. Ele explicou que, como item de Natal, o bacalhau pode abrir espa�o para que mais fam�lias o incorporem � ceia deste ano. “Pelo menos uma folguinha no fim do ano o brasileiro deve ter”, contou.

No entanto, Braz alertou para o fato de que, apesar de ter ficado mais barato, o pre�o do bacalhau � caro. Por isso, o pre�o da carne pode ser mais vantajoso. “Ainda que o frango e a carne su�na tenham ficado mais caras, esses itens podem ser melhor neg�cio que o bacalhau. O consumidor tem de [julgar o que] � melhor para o bolso”, disse.

O ano de 2014 come�a com a previs�o de alta nos produtos in natura como hortali�as, legumes e frutas. Nesta �poca do ano, a chuva e o calor interferem na produ��o e os pre�os sobem. “Essa variabilidade de clima no ver�o prejudica muito a oferta desses alimentos e, por consequ�ncia, passamos um per�odo de aumento de pre�os. Isso deve vigorar de janeiro a mar�o. J� os outros alimentos, como arroz, feij�o e carne n�o t�m previs�o de que continuem subindo de pre�o. � prov�vel que haja um alento ali”, analisou.

A previs�o � que, durante o ano, a oferta de alimentos seja mais regular do que em 2013 e, dessa forma, o aumento dos pre�os dos alimentos em 2014 pode ser menor do registrado este ano, apesar de ainda causar impacto na infla��o. “Ainda assim a gente acredita que o item alimenta��o vai continuar respondendo por parte da infla��o, mas h� uma expectativa de uma varia��o mais baixa do que a acumulada em 2013”, destacou.

Por causa destas varia��es, o economista orientou o consumidor para sempre aproveitar as oportunidades que o mercado oferece. Como existe muita concorr�ncia no setor, o varejo sempre promove promo��es. Braz deu ainda outras dicas para o consumidor gastar menos. “O consumidor pode evitar grandes compras do m�s, privilegiando as compras semanais justamente para ter tempo de comparar pre�os e aproveitar as unidades em promo��o. Trocar as marcas l�deres por marcas que est�o entrando no mercado e guardam qualidade. E n�o abrir m�o de consumir determinados produtos e pagar menos por ele. Deve tamb�m privilegiar produtos da esta��o. � sempre uma boa estrat�gia para gastar um pouco menos”, aconselhou.

O consumidor j� aprendeu que esta � a melhor forma de comprometer menos o or�amento familiar. A cuidadora de idosos Maria de F�tima Dias Costa tem h�bito de fazer compara��o de pre�os entre v�rios supermercados. “Ontem eu levei daqui p�ssego e ameixa, n�o s� pela qualidade, mas porque o pre�o estava bom. Eu que quero me alimentar melhor, tenho que gastar sola de sapato”, disse.

A aposentada Eleonora Giglio Linhares disse que o pre�o do tomate subiu muito durante o ano e, em seguida, desabou. “Agora, [com o pre�o l� embaixo, comprei em grande quantidade. Para n�o perder o produto], j� fiz quatro quilos de conserva. A gente tem que saber o dia em que o supermercado faz a promo��o. O chefe de fam�lia deve acompanhar”, disse.

Segundo Andr� Braz, o varejo tamb�m aprendeu que esta � uma forma de se diferenciar. “H� um interesse m�tuo tanto em atrair a aten��o do consumidor com estas promo��es, quanto do consumidor em buscar economia. Como houve um casamento perfeito � um tipo de comportamento que vai continuar. E o consumidor s� tem a ganhar quando aproveita as oportunidades”, disse.


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