S�o Paulo – Metal�rgicos da General Motors (GM) de S�o Jos� dos Campos, reunidos em assembleia, cobraram nesta segunda-feira explica��es da empresa para as demiss�es de funcion�rios que est�o ocorrendo desde o �ltimo s�bado (28) e, segundo o sindicato da categoria, est�o sendo avisadas por telegrama.
Para o sindicato, n�o h� justificativa para as demiss�es j� que o setor recebeu incentivos fiscais do governo federal ao longo do ano. “Inclusive na �ltima ter�a-feira (24), mais uma vez foi acordado com as montadoras a n�o retomada da cobran�a [cheia] do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] em troca da manuten��o dos empregos, mas quatro dias depois a GM come�a a demitir”, relatou. Barros faz refer�ncia ao aumento gradual da al�quota do IPI para autom�veis no pr�ximo ano, com um reajuste a partir de janeiro e outro a partir de julho.
O presidente da entidade critica ainda a pol�tica de importa��o da empresa que est� transferindo a produ��o de determinados modelos de autom�veis para outras localidades. “As pessoas que est�o sendo demitidas s�o fruto dessa pol�tica. A produ��o desse modelo [Classic] foi retirada do Brasil e est� sendo produzido na f�brica de Ros�rio, na Argentina”, explicou.
Para evitar as demiss�es, ele sugere que a empresa cumpra o acordo firmado com os trabalhadores em junho deste ano, no qual uma unidade seria criada no munic�pio para produ��o de um modelo popular. “Seriam investimentos da ordem de R$ 2,5 bilh�es e poderia usar todos os trabalhadores sem que fosse necess�rio demitir”, prop�s. Segundo o sindicato, a unidade abrigaria cerca de 2,5 mil funcion�rios.
Uma nova assembleia est� marcada para o dia 8 de janeiro. “Vamos colocar os trabalhadores nas ruas, mobilizar a categoria para pressionar os governos”, disse o sindicalista. Ele espera que os benef�cios concedidos � empresa sirvam de press�o para evitar as dispensas. Barros informou ainda que o sindicato deve acionar a Justi�a para tentar suspender as demiss�es, assim como o Minist�rio P�blico.
A GM informou, por meio de nota da diretoria da empresa, que, conforme previsto no acordo trabalhista de janeiro de 2013, encerraria as atividades de montagem de ve�culos de passageiros ao fim de dezembro deste ano. A empresa destacou que desde 2008 negocia com o sindicato investimentos que permitiriam a aprova��o de projetos para a f�brica, mas n�o obteve sucesso.
Nesse sentido, “foram usadas todas as alternativas trabalhistas, como f�rias coletivas, plano de demiss�o volunt�ria, lay off [contrato de trabalho suspenso] e licen�a remunerada, para minimizar impactos para nossos trabalhadores”, avaliam os diretores. A op��o da GM foi aprovar novos projetos para outras unidades no pa�s no valor de R$ 5,7 bilh�es.
“Assim, no final de julho de 2012, com o encerramento da produ��o dos modelos Corsa, Meriva e Zafira, a continuidade das opera��es da f�brica de autom�veis tornou-se invi�vel”, diz a nota. A empresa informou que o complexo de S�o Jos� dos Campos continuar� as atividades com sete f�bricas.