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Estado de Minas

Infraestrutura � o principal desafio para o agroneg�cio em 2014

Para Daniela Rocha, a perspectiva � de aumento da safra este ano, "principalmente porque 2013 n�o foi t�o bom em termos de pre�os"


postado em 04/01/2014 15:01 / atualizado em 04/01/2014 15:01

O grande desafio para o agroneg�cio em 2014 � a infraestrutura log�stica, disse a economista Daniela Rocha, do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Getulio Vargas. “A produ��o tem aumentado por causa dos avan�os tecnol�gicos, mas a gente est� com dificuldade de escoar”, disse Daniela.

O Brasil apresentou produtividade elevada em todos os produtos no ano passado, e a melhoria vai continuar este ano em quantidade - n�o em ternos de �rea plantada, mas devido aos avan�os tecnol�gicos implantados. Os problemas de infraestrutura impedem que o pa�s tenha condi��es adequadas para escoar a produ��o.

Daniela admitiu que os leil�es de concess�es na �rea de infraestrutura de transportes s�o a �nica alternativa para melhorar o escoamento da produ��o. Ela avaliou que o governo federal deu o pontap� inicial para solucionar a quest�o com as concess�es de portos, rodovias, aeroportos e ferrovias, mas indicou que os resultados dos primeiros leil�es s� dever�o ser notados “daqui a tr�s ou quatro anos”.

A economista destacou que em vez de os investimentos serem direcionados de forma maci�a para rodovias, o governo deveria dar prioridade a combina��es entre os diversos meios de transporte da produ��o, como rodovia/hidrovia ou hidrovia/ferrovia, por exemplo.

Daniela Rocha explicou que o planejamento do transporte no Brasil foi voltado para o setor rodovi�rio. “Voc� pode come�ar a diminuir isso, a partir de melhorias nos portos”. Acrescentou que se houver condi��es de algumas hidrovias serem utilizadas, como as do Rio Madeira, em Rond�nia, e do Rio Tocantins, no Tocantins, poder�o ser feitas combina��es na �rea log�stica de transportes.

“N�o pode ser s� rodovia, porque tem a quest�o da quilometragem. O ideal � fazer combina��es, sen�o o custo do frete vai sair elevad�ssimo”, observou. Ela acredita, entretanto, que o Brasil est� no caminho certo.

O presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Antonio Alvarenga, compartilha a opini�o. Ele disse � Ag�ncia Brasil que a infraestrutura de transporte “� um desafio bastante grande” para o desenvolvimento do agroneg�cio brasileiro, “porque � medida que a safra vai tendo sucesso, o gargalo vai ficando cada vez maior”.

A solu��o do problema passa tamb�m pela armazenagem, apontou. “J� tem um programa do governo de financiamento com juros subsidiados”. Isso sinaliza para o aumento do n�mero de armaz�ns, fazendo com que o escoamento da safra n�o ocorra de uma s� vez. “Ela tem que escoar gradualmente e n�o imediatamente ap�s a colheita. A armazenagem serve para haver escoamento mais tranquilo”.

Alvarenga enfatizou que outro problema que inibe o desenvolvimento do agroneg�cio � a demarca��o de terras ind�genas, principalmente no Mato Grosso do Sul e na Amaz�nia. “A gente vai continuar tendo os conflitos at� que o governo tome a decis�o de interromper o frenesi da Funda��o Nacional do �ndio de demarcar terras ind�genas”. Segundo ele, existe “demarca��o exagerada” de terras ind�genas.

Para Daniela Rocha, a perspectiva � de aumento da safra este ano, “principalmente porque 2013 n�o foi t�o bom em termos de pre�os”. N�meros da Companhia Nacional de Abastecimento estimam crescimento em torno de 10% para a soja e 5% para gr�os em geral, em 2014. Para o milho, a proje��o � recuo de 3% para as duas safras.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica prev� expans�o de 9% para a produ��o de soja e queda de 7,1% para o milho primeira safra. Para a produ��o de cereais, leguminosas e oleaginosas, que englobam algod�o, amendoim, arroz, feij�o, milho e soja, o instituto estima aumento de 4,7%, informou Daniela Rocha.

Antonio Alvarenga avaliou que os pre�os das commodities (produtos agr�colas e minerais comercializados no mercado internacional) dever�o mostrar um pequeno decl�nio, tendendo para uma acomoda��o nos pre�os dos gr�os. Isso ser� parcialmente compensado pelo d�lar mais alto, indicou. “Muito provavelmente, o d�lar no final do ano de 2014 estar� na faixa de R$ 2 a R$ 2,50. Isso significa um valor bem melhor do que foi a comercializa��o da safra no ano passado. Ou seja, cai um pouco o pre�o das commodities, mas melhora a cota��o do d�lar”.


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