(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Calor prenuncia ano estressante no setor el�trico


postado em 07/01/2014 08:36

O empres�rio Evandro Caetano de Oliveira, dono da Pousada Calif�rnia, na pequena Capit�lio, em Minas Gerais, n�o tem do se queixar. A onda de calor que lota praias e piscinas em todo o Pa�s � �tima para seus neg�cios. O calor que come�ou na virada do ano persistia at� ontem. O fim de semana foi de pico. Na tarde de s�bado, os term�metros de sua caminhonete marcavam 37 graus quando ele chegava na pousada, de onde avistava uma enorme movimenta��o de banhistas no lago da barragem de Furnas, chamada de “Mar de Minas”.

“N�o chove desde a virada e est� um calor danado, mas � melhor assim do que com chuva”, disse Oliveira. “� claro que, por causa disso, o lago est� mais baixo do que � comum para essa �poca ano mas nada que impe�a uma volta de lancha.”

O que para o turismo parece uma d�diva � pura preocupa��o para o setor el�trico. Tudo que os especialistas em energia desejam � que S�o Pedro seja generoso sobre Furnas e o Rio Grande, onde a barragem foi constru�da, e tamb�m nos cursos dos rios Parana�ba e S�o Francisco.

Esse grupo � o mais importante dentro do que se costuma chamar “caixa d’�gua do Brasil” - conjunto de rios, barragens e hidrel�tricas que respondem por cerca de 70% da gera��o de energia el�trica do Pa�s. Na lista, al�m da usina de Furnas, est�o Emborca��o, no Sudeste, Tr�s Marias e Sobradinho, na regi�o Nordeste.


Nos �ltimos dias, o n�vel de �gua contido nos reservat�rios, capazes de se transformar em energia, ficou em 43% no Sudeste e em quase 35% no Nordeste. � um volume bem melhor do que registrado na virada de 2012 para 2013, quando o n�vel do Sudeste, por exemplo, bateu nos p�fios 29% - volume pr�ximo ao registrado em 2000, ano anterior ao do racionamento.

No entanto, est� longe das m�dias entre 50% e 60% que s�o registradas nas regi�es quando as chuvas s�o adequadas para o in�cio do ver�o.

“Em dezembro, choveu na regi�o, e os reservat�rios iniciaram 2014 um pouco mais cheios que no ano passado”, diz Jo�o Carlos Mello, presidente da consultoria Thymos Energia. “Mas os n�veis ainda s�o baixos e as previs�es de chuvas na regi�o n�o s�o das melhores para os pr�ximos meses - tudo indica que teremos um 2014 t�o estressante na �rea de energia quanto foi o de 2013.”

Pre�o em alta

O maior estresse, segundo Mello, ser� financeiro. Como h� mais de um ano os reservat�rios seguem abaixo das s�ries hist�ricas, parte do abastecimento tem sido permanentemente sustentada por t�rmicas. O pagamento do combust�vel dessas t�rmicas tem um custo alto, que recai sobre o pre�o final da energia.

“Houve uma melhora no Nordeste, no Norte e no Sul, mas as chuvas foram frustrantes entre Minas e em S�o Paulo, justamente onde � mais importante que elas caiam”, diz Marcelo Parode, presidente da comercializadora de energia Compass.

Enquanto os turistas aproveitam o sol na regi�o de Furnas, a falta de chuva se traduz em custos adicionais sobre a conta de luz. No mercado � vista, onde os valores s�o atualizados semanalmente, o pre�o da energia foi de R$ 249,92 para R$ 284, 27 pelo megawatt-hora, uma alta de 14% entre a primeira e a segunda semana do ano, revertendo a tend�ncia de baixa criada pelas chuvas de dezembro.

“As chuvas de vers�o s�o fundamentais para encher os reservat�rios para o resto do ano”, diz Jos� Rosenblatt, consultor da PSR. “Teremos de esperar at� o fim de mar�o para saber se chover� ou n�o o suficiente.”


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)