
�s v�speras de a bola rolar para a Copa do Mundo, as companhias a�reas montam suas estrat�gias para atender ao p�blico do evento esportivo. Criticadas pelos altos pre�os das passagens, as empresas cedem � press�o – sob o risco at� mesmo de o Planalto liberar a atua��o de companhias estrangeiras – e adotam medidas que podem aliviar os valores para os turistas. As “armas” usadas v�o desde a limita��o de pre�os at� o aumento da oferta de voos, especialmente para os dias de jogos. Dados preliminares indicam que mais de 2 mil pedidos de voos extras foram feitos � Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) por tr�s das quatros maiores companhias do pa�s – TAM, Azul e Avianca. A Gol n�o revelou n�meros.
Nesta quinta-feira a Anac divulga a lista oficial de opera��es extras que foram deferidas para vigorar entre 6 de junho e 20 de julho. At� a primeira semana do ano, em balan�o preliminar, 1.523 pedidos foram registrados. Mas o total deve ser maior. Somente a TAM informa ter solicitado 1.050 voos adicionais, sendo 850 dom�sticos e 200 internacionais. A Azul requisitou outros 600, sendo 310 para a primeira fase do torneio. Os voos adicionais s�o para o Rio de Janeiro, Campinas, S�o Paulo (Congonhas), Guarulhos, Bras�lia, Goi�nia, Belo Horizonte (Confins), Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Manaus, Cuiab�, Curitiba e Natal. Segundo a empresa, pouco mais de 10% dos pedidos s�o para o terminal mineiro. A Avianca solicitou 430 voos extras.
Tanto a Azul quanto a Avianca, al�m de terem solicitado aumento de oferta das opera��es, informaram que v�o limitar os valores das passagens em R$ 999 durante o per�odo do evento. O presidente da Azul, David Neeleman, diz que a companhia deixar� de faturar cerca de R$ 30 milh�es, mas o valor � compensado com a a��o de marketing. Ontem, a Gol descartou medida semelhante. Segundo a empresa, que responde por 36% do mercado nacional, no ano passado, somente 1% das tarifas superaram R$ 1 mil.
A TAM prev� investir R$ 50 milh�es para atender a demanda extra. A companhia a�rea deve contratar 1 mil colaboradores tempor�rios para atuar principalmente nos aeroportos e em call center. Tripulantes e equipes de manuten��o tamb�m ser�o contratados. Em nota, a Gol diz que s� se manifestar� sobre o tema ap�s a divulga��o da Anac do novo desenho da malha a�rea.
No balan�o preliminar j� divulgado pela ag�ncia reguladora, Belo Horizonte n�o figurava entre os oito destinos que tiveram maior varia��o. Os aeroportos que ter�o o maior n�mero de novos assentos ofertados s�o Cuiab� (48%), Campinas (41,6%), Guarulhos (36,5%), Natal (27,5%), Fortaleza (17,8%), Salvador (14%), Recife (13%) e Gale�o (13%). Ou seja, pela pr�via, Confins teria varia��o inferior a 13%.
A partir de hoje, as empresas a�reas podem apresentar pedidos de voos fretados para a fase eliminat�ria do Mundial. A Azul adianta que far� mais solicita��es. “Para os jogos mais procurados, a Azul disponibilizar� voos extras nos dias anteriores e posteriores ao evento”, diz comunicado da empresa.
CR�TICAS Sobre a contrata��o de tempor�rios e o acr�scimo de voos, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) s� deve se manifestar depois da divulga��o hoje da lista de voos extras pela Anac. Mas, em comunicado, o �rg�o criticou ontem o receio da libera��o da opera��o de companhias estrangeiras, reiterando o risco de aumento do desemprego no setor e a amea�a da seguran�a de voo devido � inefici�ncia da fiscaliza��o. “� ilus�rio acreditar que acontecer� uma queda nas tarifas com abertura de mercado para empresas internacionais, pois os custos operacionais da avia��o no Brasil s�o diferentes dos de outros pa�ses. Caso a medida entre em vigor, a crise no setor ganhar� propor��es preocupantes”, diz o presidente do SNA, Marcelo Ceriotti.