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Estado de Minas

Selic ajuda discurso de Dilma em Davos


postado em 16/01/2014 09:07 / atualizado em 16/01/2014 09:27

Pressionado por uma taxa de infla��o que terminou 2013 em n�vel muito acima do esperado pelo mercado financeiro e pelo pr�prio governo, o Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira, 15, abrir seus trabalhos em 2014 com uma eleva��o dos juros superior � expectativa do mercado.

A decis�o de levar a Selic a 10,5% ao ano j� era aguardada pelo Pal�cio do Planalto e pela equipe econ�mica e serve para indicar o compromisso do governo com a estabilidade, uma semana antes da participa��o de Dilma Rousseff no F�rum Econ�mico Mundial, em Davos.

Como revelou o jornal O Estado de S.Paulo no s�bado, a Presid�ncia deu "carta branca" ao BC para que mantivesse o ritmo do ciclo de eleva��o de juros, iniciado no ano passado. Desde o fim de 2013, a sinaliza��o do BC era de que a primeira reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) deste ano viria com um aumento menor do que o das �ltimas cinco reuni�es - nas previs�es da maior parte do mercado financeiro, a eleva��o da Selic seria de 0,25 ponto porcentual.

As apostas come�aram a mudar com a divulga��o do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, de 0,92%, a maior alta para meses de dezembro da s�rie hist�rica do IBGE, iniciada em 2002. Com isso, o IPCA de 2013 avan�ou 5,91%, superando a �nica meta do BC em 2013: entregar uma infla��o inferior aos 5,84% de 2012. N�o conseguiu.


�nica arma


Dada a falta de credibilidade da pol�tica fiscal, a pr�pria equipe econ�mica passou a encarar a pol�tica monet�ria como principal - para n�o dizer a "�nica" - arma para combater o avan�o dos pre�os no ano eleitoral que come�a.

Na vis�o do governo, a eleva��o da Selic a 10,5% ao ano poderia funcionar como gesto econ�mico poderoso, de sinaliza��o ao mercado financeiro de que o objetivo de reduzir a alta de pre�os � "crucial". O gesto seria tamb�m pol�tico, j� que o governo busca, de todas as formas, readquirir uma margem de manobra para a pol�tica econ�mica - criticada pelo mercado depois das manobras para fechar as contas fiscais de 2012.

A decis�o do BC foi un�nime, e o comunicado do Copom foi lac�nico, o que deixa portas abertas para que nova alta de 0,5 ponto porcentual da Selic na reuni�o de fevereiro, caso considere necess�rio.

Cen�rio

Depois da not�cia ruim no campo inflacion�rio, o governo espera reverter as expectativas do setor privado, e embarcar para a reuni�o do F�rum Econ�mico Mundial, em Davos, na semana que vem, com um cen�rio positivo para a atividade econ�mica em 2014.

Com a nova Selic em 10,5%, Dilma inicia o ano em que busca sua reelei��o com uma taxa b�sica de juros muito pr�xima daquela que vigorava quando recebeu a faixa presidencial, em janeiro de 2011, ent�o em 10,75% ao ano. Nos �ltimos tr�s anos, a presidente fez da redu��o dos juros uma de suas principais bandeiras eleitorais.


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