(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Dilma quer mostrar em Davos que modelo econ�mico do pa�s est� mudando

Presidente quer mostrar na Su��a que modelo econ�mico do Brasil agora � outro. Mantega d� sinais de austeridade para o mercado


postado em 24/01/2014 06:00 / atualizado em 24/01/2014 01:04

Bras�lia – O F�rum Econ�mico Mundial, em Davos, na Su��a, foi o palco escolhido pela presidente Dilma Rousseff para disseminar a ideia de que o modelo econ�mico do Brasil est� mudando, como parte da tentativa de alterar a desgastada rela��o com o mercado. Nessa quinta-feira, no segundo dia do evento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu sinais desse reposicionamento frente ao setor privado, ao indicar mais austeridade nas contas p�blicas e ressaltar que a infla��o brasileira “est� sob controle”.

“Acredito que os Brics (acr�nimo que se refere a Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul) continuar�o liderando o crescimento da economia mundial. Por�m, para que isso ocorra � preciso que eles fa�am mudan�as importantes nos seus modelos de expans�o”, disse Mantega, durante um painel sobre a crise da meia-idade do grupo de emergentes. Uma pesquisa da consultoria Accenture divulgada no encontro revelou que 60% das empresas entrevistadas esperam realocar os investimentos feitos nos pa�ses do Brics para outros mercados. Foram ouvidos mais de mil executivos.

Em rela��o �s mudan�as, Mantega afirmou que as do Brasil v�o ser no sentido quase que inverso aos adotados pela China, que est� se voltando para o consumo interno. Para ele, o mercado consumidor no Brasil � mais “avan�ado”, gra�as � inclus�o de mais de 40 milh�es de brasileiros na classe m�dia. No entanto, ele reconheceu que “o cr�dito � escasso”. “O mais importante agora � o investimento, que vai puxar o crescimento da economia brasileira”, afirmou o ministro. Ele disse que US$ 250 bilh�es dever�o ser investidos no pa�s em concess�es na �rea de infraestrutura.

Hoje, a presidente Dilma discursa pela primeira vez no F�rum Econ�mico Mundial. A expectativa � de que ela deixe a ideologia de esquerda de lado e demonstre mais simpatia com o empresariado e tente atra�-lo para os pr�ximos leil�es de concess�es previstos para este ano.

O doutor em economia pela Universidade de Chicago, dos Estados Unidos, e coordenador do Movimento Brasil Eficiente, Paulo Rabello de Castro, considera que essa mudan�a do discurso � resultado de uma estrat�gia de marketing. “O governo apenas repete o que todos j� sabem e querem ouvir. Ele quer mostrar para o eleitor que Dilma � capaz de constituir uma descontinuidade dentro da continuidade. Resta saber se as mudan�as realmente ocorrer�o”, afirmou.

O economista-chefe da MB Associados, S�rgio Vale, tamb�m n�o espera um resultado pr�tico desse novo discurso porque o quadro macroecon�mico n�o permitir� mudan�as dr�sticas. “Dilma chega em Davos quando o Brasil est� mais para ‘fragile five’ do que Brics, ou seja, quando o humor do mercado j� mudou radicalmente em rela��o ao pa�s”, destacou ele, citando os outros quatro fr�geis: �ndia, Indon�sia, �frica do Sul e Turquia. Para o professor da Universidade Columbia, em Nova York, Marcos Troyjo, esse discurso mostra que “o Brasil come�ou a descer do salto alto”, mas o pa�s estar� imobilizado at� janeiro de 2015.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)