
Segundo o estado, nos �ltimos anos vem ocorrendo uma redu��o gradual da capacidade de regulariza��o do sistema el�trico no pa�s. Em 2001, a capacidade de regulariza��o do Sistema Interligado Nacional (SIN) era de 6,27 meses, o que quer dizer que os reservat�rios, se completamente cheios, tinham energia armazenada sob a forma de �gua capaz de atender a demanda do SIN sem a necessidade de gera��o complementar a partir de outras fontes, por esse per�odo. J� em 2012, a capacidade de regulariza��o do sistema havia encolhido para 4,91 meses. A queda foi de quase 25% em compara��o ao verificado 11 anos antes.
Se a demanda de energia seguir em trajet�ria ascendente e a amplia��o do parque hidr�ulico for sustentada quase exclusivamente por usinas a fio d’�gua, a expectativa da Firjan � de que a perda da capacidade de regulariza��o do sistema no futuro atingir� 3,35 meses em 2021, o que representa uma queda de 32% em rela��o a 2012, e de 50% frente a 2001.
Entre 2001 e 2012, o n�vel m�dio dos reservat�rios ficou em 63,8%. O menor n�vel observado foi em setembro de 2001 (23,2%) e o maior foi 88,8% (abril de 2011). Em nenhum momento, aponta a Firjan, ele chegou a 100%. “Considerando a demanda de energia m�dia em cada ano e a m�dia do n�vel dos reservat�rios de 63,8%, a capacidade de regulariza��o m�dia caiu de 3,99 meses em 2001 para 3,13 meses em 2012. A previs�o � que chegue em 2,14 meses em 2021, se a m�dia for matida.
“Em 2021, mesmo que os reservat�rios venham a estar no maior n�vel observado nos �ltimos 12 anos (ou seja, com 88,8% em vez da m�dia de 63,8%), a capacidade de regulariza��o efetiva seria de apenas 2,98 meses, menor do que a m�dia observada em 2012 (3,13 meses)”, diz Tatiana Lauria. Ainda n�o h� n�meros para 2013.
Mais press�o sobre o meio ambiente
A demanda global por energia deve aumentar 50% at� 2030, alimentada por um aumento do consumo de cerca de 3% ao ano em m�dia durante esta e a pr�xima d�cada. Diante disso, a expectativa � que as emiss�es de g�s carb�nico (CO2) do setor energ�tico sejam elevadas em 25% no mesmo per�odo caso novas usinas de energia continuem a ser constru�das no mesmo padr�o usado no passado.
Por outro lado, se as centrais el�tricas a carv�o pudessem ser substitu�das, em grande escala, por usinas termel�tricas a g�s at� 2030, o setor mundial de energia poderia reduzir as emiss�es de CO2 em volume equivalente �s emiss�es totais anuais dos 28 pa�ses da Uni�o Europeia juntos (3.500 megatons). Essas s�o as principais conclus�es de um levantamento mundial elaborado pela Siemens e pela Universidade T�cnica de Munique em 2013 sobre emiss�o de CO2 no setor el�trico no mundo. O estudo mostra, ainda, que n�o basta a expans�o acelerada de fontes renov�veis para melhorar automaticamente o gatilho clim�tico.
De acordo com Felipe Ferres, diretor de planejamento do setor de energia da Siemens, a pesquisa enquadrou os pa�ses em cinco tipos de classifica��o: aqueles que buscam a redu��o do custo da energia, caso dos EUA; os maiores exportadores de petr�leo, como Emirados �rabes, que conseguiram elevar em 25% sua venda externa de �leo, aumentando a efici�ncia na gera��o de energia; os novos pioneiros verdes, caso da Europa, onde o grande desafio � fazer a transi��o energ�tica com sustentabilidade; e aqueles com crescimento vertiginoso do consumo de energia, caso dos Bric’s.