A taxa de inadimpl�ncia no cr�dito livre para pessoas f�sicas (ou seja, a quantidade de calotes dos consumidores) caiu de 8,0%, em dezembro de 2012, para 6,7%, em dezembro do ano passado - divulgou nesta quarta-feira, 29, o Banco Central. Paras as pessoas jur�dicas (empresas) a queda foi um pouco menor entre os mesmos dois per�odos: de 3,7% para 3,1%.
Somadas as inadimpl�ncias do consumidor e das empresas no cr�dito livre, ainda comparando os dois �ltimos meses de dezembro, a taxa caiu de 5,6% para 4,8%.
Em rela��o a novembro passado, a inadimpl�ncia se manteve praticamente est�vel no cr�dito livre. Para pessoas f�sicas, variou de 6,6% para 6,7%; e para jur�dicas, de 3,3% para 3,1%. O �ndice geral para dezembro de 2012 e de 2013 � o mesmo: 4,8%.
Na aquisi��o de ve�culos, a inadimpl�ncia caiu tamb�m. Do fim de 2012 para o fim de 2013, foi de 6,4% para 5,2%. No cart�o de cr�dito, outra queda: de 28,7%, em dezembro de 2012, para 25,6%, no �ltimo m�s.
No cr�dito direcionado (destinado a determinados setores da sociedade e atividades econ�micas), a inadimpl�ncia continuou praticamente irris�ria. Entre dezembro de 2012 e de 2013, foi de 0,5% para 0,4%, no caso das pessoas f�sicas; e de 1,9% para 1,6%, para as jur�dicas. Na medi��o geral, a taxa flutuou de 1,0% para 0,9%.
Em dezembro de 2013, a taxa geral de inadimpl�ncia, que inclui cr�dito livre e direcionado, atingiu 3%, menor porcentual da s�rie iniciada em mar�o de 2011. No fim de 2012, estava em 3,7%.
O chefe do Departamento Econ�mico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou nesta quarta-feira, 29, que a taxa de inadimpl�ncia deve ter uma queda mais moderada em 2014 em rela��o ao verificado em 2013. "Essa tend�ncia de redu��o de inadimpl�ncia tende a se manter, mas de forma mais moderada, tendo em vista que ela atingiu o seu piso", afirmou.
Em dezembro de 2013, a taxa geral de inadimpl�ncia, que inclui cr�dito livre e direcionado, atingiu 3%, menor porcentual da s�rie iniciada em mar�o de 2011. No fim de 2012, estava em 3,7%. Maciel atribui o movimento a fatores como educa��o financeira, aumento de renda e aprendizado por parte dos bancos em rela��o ao que aconteceu em anos recentes.
"De l� para c�, a concess�o para algumas modalidades, como ve�culos, ocorreu em ambiente de maior seletividade e maior cautela", afirmou. "A gente chega em 2013 com um quadro bem mais favor�vel, relativamente �quele de 2011 que trouxe maior preocupa��o." Maciel citou ainda que o indicador antecedente de inadimpl�ncia, os atrasos de 15 a 90 dias, mostram recuo m�s a m�s.BC/Maciel: Cr�dito imobili�rio ante outros pa�ses tem participa��o modesta (8,2% do PIB) -
Cr�dito imobili�rio
Maciel, afirmou tamb�m que o cr�dito imobili�rio ainda tem uma participa��o baixa no PIB no Brasil (8,2%) em rela��o a outros pa�ses, nos quais alcan�a cerca de 80%. O mesmo acontece em rela��o � participa��o do cr�dito total na economia brasileira (56,5%), que est� abaixo dos mais de 100% vistos em grandes economias desenvolvidas. Afirmou ainda que n�o divulgar� hoje dados parciais de cr�dito para o m�s de janeiro, porque a amostragem � composta por um n�mero muito restrito de dias �teis.
O t�cnico citou dados sobre concess�es do BNDES, que registram concentra��o sazonal em dezembro. No �ltimo m�s do ano passado, cresceram 74% em rela��o a novembro. Em 2012, tamb�m na compara��o entre novembro e dezembro, o aumento foi de 140%. Ele afirmou tamb�m que a varia��o no saldo, que mostrou aumento de 15,2% no cr�dito do banco estatal para as empresas em 2013, foi afetado tamb�m pelo c�mbio, embora o BC n�o tenha a abertura desse dado.