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Estado de Minas

Taxa de desemprego em Belo Horizonte tem primeira alta desde 2009

Apesar do aumento de 2,5% no emprego, n�mero de desocupados fecha o ano em 6,9%, contra 5,1% em 2012, com procura superando abertura de vagas. Renda m�dia cresce 11,8%


postado em 30/01/2014 06:00 / atualizado em 30/01/2014 07:28

Depois de quatro anos seguidos de queda, o desemprego voltou a subir na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), saindo de 5,1% em 2012 para 6,9% em 2013. O avan�o, o primeiro desde 2009, pode ser atribu�do a uma mistura entre o baixo crescimento do pa�s e o aumento da Popula��o Economicamente Ativa (PEA), que n�o foi acompanhado na mesma propor��o pela abertura de postos de trabalho na regi�o. Nesse per�odo, 106 mil pessoas sa�ram em busca de emprego, eleva��o de 4,5% entre 2012 e 2013, enquanto o n�vel de ocupa��o cresceu em 2,5%, ou 56 mil novas vagas. Assim, a diferen�a entre o n�mero de pessoas que procuraram trabalho e o que efetivamente conseguiram ficou em 50 mil em 2013. No ano, o total de desempregados foi estimado em 171 mil pessoas e o de ocupados, 2,3 milh�es.

Pl�nio Campos de Souza, coordenador t�cnico da Funda��o Jo�o Pinheiro (FJP), destaca que o n�mero de ocupados da RMBH em 2013 avan�ou mais do que em S�o Paulo (-0,2%), Recife (0,9%), Fortaleza (0,7%) e Porto Alegre (0,4%). No setor privado, o emprego com carteira assinada na capital mineira e seu entorno cresceu 2,4% e o dos sem carteira 1,8%, ante redu��o de 6,4% no emprego dom�stico, de 1,8% entre os aut�nomos e de 5,2% nas demais posi��es. “O que d� para perceber � que tem mais gente procurando emprego”, afirma o pesquisador ao justificar o aumento da taxa de desemprego.

De acordo com ele, para gerar postos de trabalho que atendessem a toda a demanda por emprego na RMBH no ano passado, o crescimento econ�mico do pa�s teria que ter sido muito maior do que o apurado em 2013. “O desemprego ficou em 5,1% em 2012 e � poss�vel que isso tenha animado as pessoas a buscarem uma nova ocupa��o no ano passado”, analisa Souza. Na compara��o com 2012, a taxa de desemprego diminuiu em Recife, Fortaleza, S�o Paulo e Porto Alegre e aumentou em Belo Horizonte e Salvador. No conjunto das regi�es pesquisadas, o desemprego total caiu de 9,7% em dezembro de 2012 para os atuais 9,3%. “J� o desemprego aberto ficou est�vel em 7,3% e o desemprego oculto saiu de 2,4% para 2%”, diz.

Na RMBH, entre 2012 e 2013, o desemprego aberto aumentou de 4,7% para 6,2% e o desemprego oculto subiu de 0,4% para 0,7%. A ind�stria de transforma��o cresceu 6,4% (19 mil novos empregos) e o setor de servi�os aumentou 2,3%, com 29 mil postos de trabalho a mais no ano, enquanto a constru��o civil cresceu 2,9% (6 mil novos empregos). O �nico setor que manteve relativa estabilidade foi o de com�rcio e repara��o de ve�culos (0,2% ou 1 mil vagas).

Rendimento No ano, embora o desemprego tenha aumentado, a renda dos ocupados cresceu, em m�dia, 11,8% na capital mineira e seu entorno, lembra o especialista. J� o rendimento dos assalariados aumentou 12,4%, o que representou uma invers�o na tend�ncia de queda registrada em 2011 e 2012. Segundo a FJP, no ano passado, a remunera��o m�dia dos ocupados foi estimada em R$ 1.727 e a dos assalariados em R$ 1.701. O rendimento m�dio dos trabalhadores sem carteira assinada aumentou 26,8%, o do setor p�blico 17% e o dos empregados 9,4%.

De acordo com Pl�nio Campos, todos os setores de atividade econ�mica no segmento privado analisados na PED obtiveram ganhos em seu rendimento m�dio. O destaque ficou com servi�os, com acr�scimo de 12,1% e rendimento de R$ 1.524. Na ind�stria de transforma��o e no com�rcio e repara��o de ve�culos, os aumentos foram de 4,6% (para R$ 1.569) e de 3,8% (para R$ 1.207). O pesquisador chama a aten��o para o fato de que, desde 2003, o rendimento na regi�o cresceu 44,6%. “As maiores taxas foram as dos grupos de ocupa��o com inser��o mais fr�gil, como os empregados dom�sticos (91,2%), assalariados sem carteira assinada (92%) e trabalhadores aut�nomos (65,8%).

Dezembro Entre dezembro e novembro de 2013 a taxa de desemprego ficou est�vel em 6,6% da PEA na RMBH. Nesse per�odo, houve redu��o de 10 mil pessoas entre os ocupados, acompanhada da retra��o no n�mero de pessoas � procura de trabalho. “Os �ltimos meses do ano t�m impacto negativo na constru��o civil. As chuvas colaboraram para a redu��o de obras e reformas e isso reduziu a contrata��o de m�o de obra”, explica Campos. A expectativa, segundo ele, � que o setor volte a crescer a partir de mar�o.


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