Bras�lia – Nos �ltimos dias, a pequena comunidade judaica brasileira – 120 mil – comemora, apesar de o motivo ser triste. Em 27 de janeiro de 1943 ocorreu o Levante do Gueto de Vars�via, e a data, atualmente, celebra a lembran�a dos 6 milh�es de judeus mortos no Holocausto. Sem precedentes na hist�ria da humanidade, o crime provocado pelo nazismo na Segunda Guerra Mundial movimentou, como poucos, as bilion�rias ind�strias liter�ria e cinematogr�fica do planeta. �ltimo lan�amento sobre a tem�tica, A menina que roubava livros, que entrou em cartaz ontem no Brasil, vendeu mais de 8 milh�es de livros em todo o mundo – 2 milh�es no pa�s – e rendeu US$ 20 milh�es em bilheteria desde novembro, quando estreou nos EUA.
Na elite brasileira, n�o � diferente. Alguns dos empres�rios mais ricos do pa�s s�o judeus. Est�o entre eles, Samuel Klein (Casas Bahia), Jos� Safra (Banco Safra), Hans Stern (H.Stern), Silvio Santos (SBT), Roberto Civita (Abril), Nelson Sirotsky (RBS), al�m de personalidades como Roberto Justus, Luciano Huck, Luciano Szafir, Pedro Bial (Bialski) e Boris Casoy. Na pol�tica, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, � judeu.
No Brasil, s�o aproximadamente 120 mil judeus, sendo que 70% praticam a religi�o de alguma forma, explica Ricardo Berkiensztat, vice-presidente da Federa��o Israelita de S�o Paulo, onde est� a maior concentra��o de judeus do pa�s. Berkiensztat explica que a comunidade judaica tem como um dos seus pilares a quest�o da justi�a social e o mandamento b�blico do d�zimo � seguido por um grande n�mero de pessoas. Com cerca de 100 sinagogas no pa�s, as congrega��es judaicas pagam sal�rios a seus rabinos. Ele destaca ainda que artigos religiosos s�o vendidos em algumas sinagogas. Os judeus tamb�m se organizam para ajudar aos pr�ximos, inclusive financeiramente, sendo que os mais abastados contribuem mais. "S�o ajudas institucionais, inclusive para pessoas de fora da religi�o judaica", resume.
DOA��ES Para conquistar uma Tor� leg�tima – o livro sagrado dos judeus –, a Associa��o Cultural Israelita de Bras�lia (Acib) realizou campanha pela internet. H� cerca de um m�s, a sinagoga da Acib conseguiu importar a sua por US$ 25 mil. O diretor de Rela��es Institucionais da associa��o, Hermano Wrobel, mostra o livro sagrado, que tem um valor religioso muito maior do que o de mercado. "Conseguimos a doa��o de nossos associados, de fora de Bras�lia e de todo o mundo", revela o presidente da Acib, Peter Rembischevski. Com o judaismo, o Estado de Minas encerra a s�rie Dinheiro e F�, que publicou desde domingo.