O diretor-geral da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), Romeu Rufino, afirmou nesta ter�a-feira, que o governo ter� que tomar uma decis�o sobre a situa��o financeira das distribuidoras de energia at� mar�o. As empresas do setor est�o com o caixa apertado devido ao pre�o da energia no curto prazo, que bateu recorde na semana passada ao atingir o patamar de R$ 822,83 por megawatt-hora (MWh).
As distribuidoras tamb�m est�o com gastos elevados com a compra da energia gerada pelas usinas t�rmicas, mais cara que a das hidrel�tricas. No ano passado, essas despesas foram cobertas pelo governo, via aportes na Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE).
O repasses do fundo �s distribuidoras s�o feitos de forma que elas possam realizar o pagamento desses gastos, que vencem com dois meses de defasagem. Ou seja, o gasto de dezembro ser� pago em fevereiro. Mas a partir de mar�o, quando vencem os contratos de compra de energia referentes a janeiro deste ano, n�o h� defini��o sobre como isso ser� feito. Sem ajuda do Tesouro, o impacto teria de ser repassado para a tarifa, ou seja, para a conta do consumidor.
"Isso est� sendo analisado, o pr�prio ministro colocou ontem, que est� sendo analisado. Uma das alternativas que se praticou no ano passado e est� sendo analisada � essa ajuda do Tesouro", afirmou. Rufino admitiu que as distribuidoras n�o t�m capacidade para assumir esse gasto. "A margem das distribuidoras � relativamente apertada, e a capacidade delas de assimilar esse descasamento � limitada", afirmou.
Segundo ele, o governo est� atento a essa situa��o e far� a interven��o que for necess�ria para salvar as distribuidoras. "Evidente que n�s n�o podemos e n�o vamos deixar que as distribuidoras quebrem ou que tenham um desequil�brio de caixa que elas n�o consigam gerir", disse.
No ano passado, os aportes do Tesouro � CDE chegaram a R$ 9,8 bilh�es. Para este ano, o governo reservou R$ 9 bilh�es no or�amento para este fim. Mas o pr�prio setor j� estima que o valor necess�rio para cobrir os gastos devem ser bem maiores, podendo chegar ao dobro do valor reservado.