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Estado de Minas

Sistema el�trico atua com reserva abaixo do recomend�vel


postado em 06/02/2014 07:49

S�o Paulo, 06 - Pelas normas de seguran�a, o sistema el�trico brasileiro precisa trabalhar com sobra de energia equivalente a 5% da eletricidade consumida no Pa�s. Para alguns especialistas, um piso de 3% ainda � aceit�vel. O fato �: sempre deve haver uma por��o extra � disposi��o do sistema. Sem ela, um pico repentino de consumo pode criar uma sobrecarga e simplesmente desligar todo o Pa�s. Neste momento, por�m, essa por��o extra estrat�gica est� bem abaixo do recomend�vel. Na ter�a-feira, 4, dia do apag�o, equivalia a aproximadamente 2% do consumo.

�N�o como justificar esse patamar t�o baixo - h� algo muito estranho na gera��o de energia que precisa ser investigado�, diz um especialista do setor que prefere n�o ser citado. Fica mais complicado ainda entender a situa��o quando se leva em conta que o Brasil tem capacidade instalada de 120 mil megawatts e o pico de consumo foi de pouco mais de 80 mil MW. Ou seja: haveria uma sobre de 40 mil MW. �Deveria ser moleza ter energia extra, mas n�o est� sendo�, diz o especialista.

Essa por��o extra de energia que fica de sobreaviso � tecnicamente chamada de energia girante ou operacional. Quem conhece o setor diz que n�o � normal que essa reserva se mantenha em n�veis t�o baixos.

�Quando a energia girante cai, automaticamente o ONS escala geradores para oferecer o volume adequado: n�o � comum o sistema trabalhar com reservas abaixo do previsto - elas devem ser iguais ou maiores ao recomendado�, diz um ex-t�cnico do ONS que prefere n�o ser identificado. �Se isso est� ocorrendo, � porque o sistema opera apertado, apesar de o governo negar.�

A queda da reserva girante aparece nos pr�prios boletins do Operador Nacional do Sistema (ONS). A oferta foi adequada at� meados de janeiro. A partir da segunda quinzena come�ou a cair.

Para piorar, essa distor��o ocorre em um momento cr�tico, quando o consumo bate recordes e � importante ter energia de sobreaviso para suportar um inesperado pico de demanda ou uma falha t�cnica na transmiss�o ou em alguma subesta��o.

Para os especialistas, h� duas hip�teses para a queda na oferta dessa energia estrat�gica. A primeira tem rela��o com a queda no volume de �gua nas barragens das usinas. �Com um volume menor de �gua, a pot�ncia cai�, diz uma especialista.

A segunda hip�tese leva em conta a sobrecarga no parque t�rmico. As t�rmicas precisam de paradas t�cnicas, para manuten��o, a cada 8 mil horas de funcionamento. Um grande n�mero deles pode estar entrando em manuten��o agora.

�N�o h� clareza sobre o que est� ocorrendo�, diz outro especialista. Procurados pela reportagem para comentar o problema, as assessorias do ONS e da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE) comunicaram que seus porta-vozes estavam em reuni�es e n�o poderiam se manifestar at� o fechamento desta edi��o. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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