
Com duas longas tran�as emoldurando seu rosto de 55 anos, Steve DeAngelo � um dos mais bem-sucedidos empres�rios da maconha nos Estados Unidos. Ele faturou US$ 32 milh�es em 2013 com a venda de 50 tipos da erva e outros 200 produtos relacionados, entre os quais alimentos e extratos que cont�m cannabis, al�m de acess�rios como cachimbos, sedas e vaporizadores, m�todo cada vez mais popular de consumo da erva.
O resultado � um salto de 9.000% em rela��o aos US$ 350 mil que DeAngelo obteve com amigos e familiares para abrir o Harborside Health Center, onde diz ter 140 mil "pacientes". Como a maioria dos empreendedores do baseado, ele come�ou na Calif�rnia, o primeiro estado a autorizar o uso medicinal da maconha, em 1996.
Hoje ele tem uma loja em Oakland, outra em San Jos� e se prepara para abrir a terceira em Boston, na costa leste, no que � um primeiro passo para constru��o de uma marca nacional. A exig�ncia de prescri��o m�dica n�o � um empecilho para as vendas, j� que "� muito f�cil" obt�-la, disse DeAngelo.
Depois da Calif�rnia, 19 estados e o Distrito de Columbia aprovaram o uso medicinal da cannabis. Desde 1º de janeiro, o consumo "adulto" ou "recreativo" passou a ser permitido nos estados de Colorado e Washington, primeiros a descriminalizarem totalmente a droga.
O aumento dos "territ�rios livres" e a crescente aceita��o da opini�o p�blica est� criando um boom no setor, que deve movimentar US$ 2,6 bilh�es este ano, 60% mais do que em 2013, segundo o Arcview Group, empresa de consultoria fundada por DeAngelo e Troy Dayton, que era respons�vel pela arrecada��o de recursos para o Marijuana Policy Project, ONG que defende a legaliza��o da droga.
A previs�o � que o mercado chegue a US$ 10,2 bilh�es em cinco anos, impulsionado pela expans�o de legisla��es que descriminalizam a maconha.