A poucos dias do carnaval, a procura por alugu�is de temporada em Diamantina, Rio de Janeiro e outras cidades litor�neas s� aumenta. Mas � preciso cuidado na hora de alugar um im�vel para n�o cair num golpe, principalmente quando s�o oferecidos a pre�os muito baixos, com v�rios benef�cios, e se a reserva for feita pela internet. A folia da designer Kamilla Barcelos foi por �gua abaixo junto com o preju�zo de mais de R$ 1 mil depois de cair num golpe do aluguel de temporada de uma casa em Cabo Frio, na Regi�o dos Lagos, no estado fluminense. Ela e os amigos procuravam uma casa para alugar e acharam o an�ncio na internet.
A negocia��o foi feita por telefone e a temporada de quatro dias na praia custaria R$ 2,5 mil em uma casa ampla, com churrasqueira. A anunciante enviou fotos da casa por e-mail e exigiu o pagamento da metade do valor cobrado para fazer a reserva, sendo que o restante seria pago ao dar entrada na resid�ncia. Depois do dep�sito feito, veio a surpresa. “Ela n�o respondia ao e-mail, mas continuava atendendo o telefone. Quando n�o inventava uma desculpa, fingia que a liga��o ca�a”, lembra. Kamilla conta ainda que a confirma��o do golpe veio antes mesmo da viagem, quando uns amigos foram a Cabo Frio e procuraram pela casa, que nunca existiu.
Casos da designer s�o cada vez mais comuns e ficam ainda mais frequentes em �poca de alta temporada. Para evitar esse tipo de problema, a advogada e coordenadora do site viajandodireido.com.br, Luciana Atheniense, afirma ser importante buscar refer�ncias do anunciante, assim como assinar o contrato antes mesmo de depositar o dinheiro. Para ter ainda mais seguran�a, Luciana afirma que o locat�rio pode conferir no cart�rio de im�veis se a casa existe. “Se a loca��o for feita direto com o propriet�rio, a pessoa pode pedir para ele enviar o registro do im�vel, al�m de fotos. Se for com imobili�ria, � importante verificar se ela est� registrada no Conselho Regional de Corretores de Im�veis (Creci)”, explica.
Ao perceber que caiu em um golpe, o consumidor deve registrar boletim de ocorr�ncia e pode acionar os �rg�os de defesa do consumidor ou a Justi�a para ser ressarcido. Para Marcelo Barbosa, coordenador do Procon Assembleia, � indispens�vel ter o contrato em papel, assinado pelo anunciante e pelo locat�rio, independentemente se a negocia��o for feita pela internet ou por telefone. Antes disso n�o deve ser feito nenhum dep�sito, mesmo se for exigido pelo locador. “O contrato � a maior prova e seguran�a que o consumidor pode ter a seu favor”, afirma.
INFORMA��ES CLARAS
Ainda de acordo com Barbosa, � importante que no contrato conste informa��es claras sobre valores, data de entrada e sa�da do inquilino, al�m da condi��o do im�vel e dos equipamentos, se o mesmo for mobiliado. Ao dar entrada no im�vel, o consumidor deve fazer uma vistoria e ver se todas as informa��es est�o de acordo com o que foi estabelecido no contrato. Se n�o tiver, ele pode pedir o dinheiro de volta ou abatimento proporcional do valor. “Se o inquilino n�o concordar com o servi�o, ele tem at� 30 dias para registrar a queixa e entrar com a��o no Procon ou na Justi�a”, completa.
A consultora comercial Pietra Agostini Montenegro conta que h� sete anos passa a temporada de carnaval em Diamantina. Para n�o ter problemas com a loca��o da casa, ela sempre procura sites confi�veis, credenciados na prefeitura e assina contrato em que constam todas as informa��es. “� importante saber data de entrada e sa�da, valores e forma de pagamento, assim como a condi��o da casa e espa�o”, afirma. Pietra considera ainda que antes de alugar o im�vel deve-se procurar reclama��es ou recomenda��es sobre o locador na internet ou com pessoas que j� tenham sido atendidas por ele.