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Estado de Minas ENERGIA

Falta de chuvas e picos de consumo levam cen�rio energ�tico brasileiro ao limite

Margem de seguran�a t�cnica recomendada, de 5%, ficou abaixo de 1% duas vezes no fim de janeiro


postado em 13/02/2014 06:00 / atualizado em 13/02/2014 07:14

Em Três Marias, o nível da represa está em 27,56% de sua capacidade, volume considerado crítico para fevereiro (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Em Tr�s Marias, o n�vel da represa est� em 27,56% de sua capacidade, volume considerado cr�tico para fevereiro (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O sistema el�trico brasileiro voltou a mostrar nessa quarta-feira que o mercado est� no limite, elevando os custos da energia e refor�ando os riscos ao abastecimento. Uma das provas mais claras desse desequil�brio estrutural est� na eletricidade efetivamente dispon�vel em compara��o � atual demanda. Os padr�es t�cnicos recomendam que, mesmo nos picos de consumo, o sistema opere com folga de 5% sobre a carga m�xima. Mas essa margem de seguran�a, chamada de reserva girante, ficou abaixo de 1% em 29 e 30 de janeiro.

Ontem, o Operador Nacional do Sistema (ONS) informou que os reservat�rios das hidrel�tricas do Sudeste e do Centro-Oeste, os mais importantes do pa�s, voltaram a baixar, alcan�ando os piores n�veis desde 2001, ano do racionamento de energia. Refletindo o forte consumo de energia e a estiagem, o total armazenado chegou a 36,69% da capacidade total na �ltima ter�a-feira, queda de 0,51 ponto percentual sobre o dia anterior. H� uma semana, esse �ndice estava em 38,9% . H� um ano, era de 42,9%. Em Tr�s Marias (MG), os volumes n�o passam de 27,56%, n�meros considerados cr�ticos para fevereiro. No Sul, os reservat�rios ca�ram ainda mais e est�o com 46,31% da capacidade, 1,19 ponto percentual menos que h� uma semana. Em contrapartida, a gera��o m�dia de energia pelas usinas termel�tricas atingiu 12.887 megawatts (MW) nos 10 primeiros dias de fevereiro e bateu novo recorde.

Segundo o ONS, essa contribui��o ao sistema correspondeu a 18,38% da demanda nacional no per�odo, sendo o restante coberto quase totalmente pelas hidrel�tricas. Em igual per�odo de 2013, foram gerados pelas termel�tricas 11.701 MW m�dios, 19,28% da eletricidade consumida no pa�s. A capacidade total do parque t�rmico � de cerca de 22 mil MW, que n�o pode ser acionada toda de uma s� vez por raz�es t�cnicas.

G�S NATURAL
Como se n�o bastasse o variado leque de incertezas que cercam hoje o abastecimento nacional de energia el�trica, a ind�stria teme ainda um impacto desse quadro de estresse sobre a oferta de g�s natural. A preocupa��o foi apresentada ontem ao governo por parlamentares e representantes de grandes consumidores do insumo industrial durante encontro na C�mara dos Deputados.

Em resposta, a diretora do Departamento de G�s Natural do Minist�rio de Minas e Energia (MME), Symone Cristine Ara�jo, descartou o risco de desabastecimento de g�s, mesmo com a necessidade eventual de acionamento de mais usinas termel�tricas para compensar o baixo n�vel dos reservat�rios das hidrel�tricas. "N�o h� supremacia de um setor sobre o outro", descartando direcionamento do g�s para a produ��o de energia nas usinas termel�tricas, em preju�zo de outros usu�rios.

Apesar disso, ela bateu tr�s vezes na mesa "para afastar o azar" e descartou desonera��es no energ�tico para evitar "press�es adicionais" de demanda no mercado. "Todo o mercado das distribuidoras est� sendo atendido", ressaltou. Em novembro do ano passado, 44% dos volumes dispon�veis eram reservados �s t�rmicas e 45% � ind�stria.

HOR�RIO DE VER�O
O advogado especialista em energia Alexei Vivan, do Escrit�rio L.O. Baptista, afirma que o t�rmino do hor�rio de ver�o, no pr�ximo domingo, n�o dever� provocar apag�es no sistema el�trico do pa�s. A economia total para o Brasil � de apenas R$ 400 milh�es. A mudan�a tem o objetivo de dar mais seguran�a nos hor�rios de pico. “� uma maneira de evitar, pelo menos por um per�odo, que os chuveiros, os fornos e outros eletrodom�sticos das casas entrem em a��o no mesmo hor�rio em que a ilumina��o p�blica est� sendo ligada”, explica. De acordo com ele, trata-se de uma forma de aliviar o sistema de transmiss�o no pa�s.


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