Nem tudo � alegria no carnaval. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributa��o (IBPT) mostra que a carga tribut�ria sobre mercadorias com boas vendas nos dias de folia ultrapassa os 50% do pre�o final. A lideran�a no ranking coube � caipirinha, cujo percentual atingiu 76,66%. Os tributos sobre a cerveja e a garrafa de �gua mineral tamb�m chamam a aten��o: 55,60% e 44,55%, respectivamente. O presidente-executivo da entidade, Jo�o Eloi Olenike, avalia que a alta carga tribut�ria no pa�s freia o consumo.
“No Brasil, tributa-se mais o consumo do que a renda, o que acaba impedindo que as fam�lias brasileiras consumam mais e melhor, ainda mais em uma data t�o prop�cia quanto o carnaval”. Em 2013, segundo estimativa do instituto, a soma de todos os impostos, taxas, contribui��es e outros encargos arrecadados pela Uni�o, estados e munic�pios corresponderam a 36,42% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
As fantasias contribuem para temperar essa m�dia. A carga tribut�ria nas pe�as que levam arame, por exemplo, � de 33,91%. As de tecido t�m percentual ainda maior: 36,41%. No caso das m�scaras de pl�stico, o �ndice � de 43,93%. Se confeccionadas com lantejoulas, o peso dos impostos cai um pouco, mas permanece alto: 42,71%.
O IBPT tamb�m apurou a carga tribut�ria em mercadorias como o colar havaiano (45,96%), o spray de espuma (45,94%), o apito (34,48%) e o confete (43,83%). Segundo o IBPT, em m�dia, o brasileiro desembolsa 36,28% em tributos embutidos no valor de um pacote para uma noite na Marqu�s de Sapuca�, no Rio de Janeiro, onde desfilam as escolas de samba. O percentual � uma m�dia do que incide sobre hospedagem, ingresso e transporte at� o samb�dromo. (PHL)
